Em voo de volta para Roma, o pontífice afirmou que os países não podem ‘exagerar’ no uso de forças militares e que, mesmo na guerra, ‘há uma moralidade a salvaguardar’. Papa Francisco fala com jornalistas em voo de volta a Roma. — Foto: Andrew Medichini/Pool via REUTERS/File Photo No voo de volta para Roma da Bélgica, onde se encontrou com representantes da comunidade católica, Franciso disse que os países não podem “exagerar” no uso de suas forças militares. “Mesmo na guerra, há uma moralidade a salvaguardar”, disse ele. “A guerra é imoral. Mas as regras da guerra dão a ela alguma moralidade.” Respondendo a uma pergunta durante uma coletiva de imprensa a bordo sobre os últimos ataques de Israel, o papa de 87 anos disse: “A defesa deve ser sempre proporcional ao ataque. Quando há algo desproporcional, você vê uma tendência de dominar que vai além da moralidade.” Francisco, como líder de 1,4 bilhão de católicos do mundo, frequentemente faz apelos pelo fim de conflitos violentos, mas geralmente é cauteloso em parecer determinar os agressores. Ele falou mais abertamente nas últimas semanas sobre as ações militares de Israel em sua guerra de quase um ano contra o Hamas. Na semana passada, o papa disse que os ataques aéreos israelenses no Líbano eram “inaceitáveis” e pediu à comunidade internacional que fizesse todo o possível para interromper os combates. Em uma coletiva de imprensa em 28 de setembro, ele condenou as mortes de crianças palestinas em ataques israelenses em Gaza. Francisco disse no domingo que fala ao telefone com membros de uma paróquia católica em Gaza “todos os dias”. Ele disse que os paroquianos lhe contam sobre as condições no local e “também a crueldade que está acontecendo lá”. Bombardeio de Israel mata chefe do Hezbollah no Líbano