Moçambique vive uma crise pós-eleitoral desde o anúncio dos resultados parciais das eleições gerais, legislativas e das assembleias provinciais, que tiveram lugar no dia 9 de outubro do ano em curso. Foram registrados ao menos 30 mortos em decorrência das manifestações. No Angelus, o Papa exortou os moçambicanos a não perderem a fé no caminho da democracia, da justiça e da paz. Vatican News Em seus apelos, após assegurar a sua proximidade às vitimas de catástrofes naturais na Indonésia e na Espanha, o Papa Francisco expressou sua preocupação pelas notícias que chegam de Moçambique, país por ele visitado em 2019: As notícias que chegam de Moçambique são preocupantes. Convido todos ao diálogo, à tolerância e à busca incansável por soluções justas. Rezemos por toda a população moçambicana, para que a situação atual não faça perder a fé no caminho da democracia, da justiça e da paz. De acordo com a imprensa moçambicana, pelo menos 30 pessoas morreram e centenas ficaram feridas em três semanas de manifestações que contestam os resultados eleitorais. Na última sexta-feira, 8 de novembro, os Bispos católicos da África do Sul, Botswana e eSwatini (SACBC) enviaram uma carta aos membros da Conferência Episcopal de Moçambique (CEM), expressando solidariedade e orações com o povo de Deus na sequência da agitação pós-eleitoral naquele País da África Austral. Há poucos dias, o porta-voz da Conferência Episcopal de Moçambique (CEM), o arcebispo de Maputo dom João Carlos Hatoa Nunes, havia lançado um veemente apelo à paz, tolerância e respeito à vida a todos os compatriotas. “Neste momento de tensão – diz em uma mensagem em vídeo – quando muitos se preparam para manifestar suas preocupações, como pastores sentimos a urgência de nos dirigir a cada um de vós com um apelo à paz, tolerância e respeito à vida”. Após o encontro dos bispos moçambicanos em visita ad Limina com o Papa Francisco, em 24 de setembro, dom Inácio Saúre, presidente da Conferência dos Bispos de Moçambique falou ao Vatican News que foi pedido ao Santo Padre – o que também é o pedido do povo moçambicano – “para que continue a rezar pela paz no nosso País”. Dom Inácio afirmou que “o Papa Francisco mostrou muita proximidade e muita atenção, mostrando que de facto está a seguir a situação, e que nos acompanha: ele deu-nos esta mensagem de esperança e de que podemos contar com a Igreja”. Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui e se inscreva no nosso canal do WhatsApp acessando aqui
Papa convida moçambicanos ao diálogo, à tolerância e à busca incansável por soluções justas
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