O Papa Francisco rezou ao meio-dia deste domingo a oração do Angelus, diante dos fiéis e peregrinos reunidos neste domingo na Praça São Pedro. “Se cada um der aos outros o que tem, com a ajuda de Deus, mesmo com pouco, todos podem ter algo”, afirmou. Silvonei José – Vatican News “As coisas materiais não preenchem a vida: somente o amor pode fazer isso. E para que isso aconteça, o caminho a seguir é o da caridade, que não guarda nada para si, mas compartilha tudo”: foi o que disse o Papa, antes do Angelus, diante dos fiéis e peregrinos reunidos neste domingo na Praça São Pedro. “Hoje, o Evangelho nos fala de Jesus que, depois do milagre dos pães e dos peixes, convida as multidões, que o procuram, a refletir sobre o que aconteceu, para entender seu significado. Eles haviam comido aquele alimento compartilhado e puderam ver como, mesmo com poucos recursos, graças à generosidade e coragem de um jovem, que colocou à disposição dos outros o que ele tinha, todos foram alimentados até a saciedade”. O sinal era claro, destacou o Papa: “se cada um der aos outros o que tem, com a ajuda de Deus, mesmo com pouco, todos podem ter algo”. E, em vez disso, eles não entenderam – completou o Santo Padre: “confundiram Jesus com uma espécie de mágico, e voltaram para procurá-lo, esperando que repetisse o prodígio como se fosse uma magia”. “Eles foram protagonistas de uma experiência para seu caminho, mas não compreenderam o significado dela: sua atenção estava voltada apenas para os pães e peixes, para o alimento material, que acabou imediatamente – continuou o Papa. Eles não perceberam que isso era apenas um instrumento, que o Pai, enquanto saciava a fome deles, lhes revelava algo muito mais importante: o modo de vida que dura para sempre e o sabor do pão que sacia para além da medida”. O verdadeiro pão, em resumo, – disse o Papa – “era e é Jesus, seu Filho amado feito homem, que veio para compartilhar nossa pobreza para nos conduzir, por meio dela, à alegria da plena comunhão com Deus e com nossos irmãos e irmãs, em dom”. “As coisas materiais não preenchem a vida: somente o amor pode preenchê-la. E para que isso aconteça, o caminho a ser seguido é o da caridade que não guarda nada para si, mas compartilha tudo”, observou o Santo Padre. “Isso não acontece também em nossas famílias? Pensemos naqueles pais que lutam a vida inteira para educar bem seus filhos e deixar-lhes algo para o futuro. Como é bonito quando essa mensagem é compreendida, e os filhos são gratos e, por sua vez, tornam-se solidários uns com os outros como irmãos! E como é triste, ao contrário, quando eles brigam por herança, e talvez não se falem por anos”, enfatizou. A mensagem da mamãe e do papai, seu legado mais precioso, não é o dinheiro, – enfatizou o Papa – “mas o amor com o qual eles dão a seus filhos tudo o que têm, assim como Deus faz conosco, e dessa forma eles nos ensinam a amar”. “Vamos nos perguntar, então: qual é a minha relação com as coisas materiais? Eu sou escravo delas ou as uso livremente, como instrumentos para dar e receber amor? Sei dizer “obrigado” a Deus e a meus irmãos e irmãs pelos dons recebidos e compartilhá-los? Francisco concluiu pedindo a Maria, que deu a Jesus toda a sua vida, que nos ensine a fazer de todas as coisas um instrumento de amor. Angelus Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui e se inscreva no nosso canal do WhatsApp acessando aqui