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Papa a sacerdotes da Argentina em Roma: nossa vocação não é um apêndice para outros fins

por admin
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Em audiência com uma delegação do Colégio Sacerdotal Argentino de Roma nesta quinta-feira (16/01), Francisco entregou a saudação em espanhol que reforçava a importância da preparação “para enfrentar a árdua batalha do Evangelho” através do legado do “cura villero” Brochero (1840-1914). Fraternidade sacerdotal, Eucaristia e doação total ao próximo: “nossa vocação não é um apêndice, um meio para outros fins”, mas “o projeto de Deus em nossas vidas”, afirmou o Papa. Ouça a reportagem e compartilhe Andressa Collet – Vatican News “Não preciso dizer a vocês que estou com vontade de uma carne assada”, brincou o Papa Francisco ao saudar uma delegação do Colégio Sacerdotal Argentino de Roma (Cosar), recebida em audiência na manhã desta quinta-feira (16/01), no Vaticano. O Pontífice, justificando sua ausência na missa e no jantar com o grupo, comentou em mensagem entregue em espanhol que, como é sabido, “ser pastor nos coloca às vezes na frente e às vezes atrás, segundo os desígnios de Quem é Senhor de nossas vidas”. LEIA AQUI A SAUDAÇÃO INTEGRAL DO PAPA ENTREGUE AO COSAR O exemplo do “cura villero” Brochero Porém, para não esquecer “dos cheiros de nossa terra”, continuou ele, a saudação aos representantes do colégio pontifício foi direcionada pela “alma sacerdotal” de José Gabriel del Rosario Brochero (1840-1914), um “cura villero” que se dedicou aos pobres na Argentina e foi canonizado pelo próprio Papa Francisco em 16 de outubro de 2016, tornando-se o primeiro santo que nasceu e morreu naquele país. Para os amigos do sacerdote, continuou o Pontífice, “Brochero não podia ser outra coisa senão um sacerdote”, já que se doava totalmente ao próximo, “gastando-se e consumindo-se pelo Evangelho”: “Devemos assumir com firmeza essa identidade sacerdotal, permearmos do fato de que nossa vocação não é um apêndice, um meio para outros fins, ainda que piedosos, como salvar a nós mesmos. Absolutamente, não. A vocação é o projeto de Deus em nossas vidas, o que Deus vê em nós, o que move seu olhar de amor; eu ousaria dizer que, de certa forma, é o amor que Ele tem por nós e é nisso que Ele enraíza nossa verdadeira essência.” Fraternidade sacerdotal e Eucaristia O colégio pontifício, que procura ajudar na formação permanente dos sacerdotes argentinos quando estão em Roma para estudar, deve prepará-los “para enfrentar a árdua batalha do Evangelho”, mas também para abraçar “a carreira eclesiástica”. Francisco não gosta de usar essa expressão, mas Brochero a traduz como trabalhar pelo bem do próximo e lutar “com os inimigos da alma” ao “cuidar da vida interior, manter o fogo aceso, com muita humildade, ‘deitados’, porque ’em pé’, em nosso orgulho, somos mais vulneráveis”. O Papa Francisco ainda trouxe na saudação outras observações importantes de Brochero, primeiro sobre “a fraternidade sacerdotal”, que deve ser feita primeiro com o bispo e depois com os irmãos sacerdotes. E por fim, “e como não poderia deixar de ser”, finalizou o Pontífice, o cura villero nunca tentava negligenciar “a Eucaristia”, “por mais árdua que fosse sua tarefa”, um “sacrificado respeito pelo mistério que, longe de imposições, penetrava mais do que mil palavras de eloquência entediante”. A saudação ao colégio pontifício foi entregue aos presentes Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui e se inscreva no nosso canal do WhatsApp acessando aqui

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