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Organização dos Estados Americanos condena tentativa de golpe na Bolívia

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O documento foi aprovado pelos países que participam da 54ª assembleia da OEA e destaca três pontos: Condena a ação ilegal de unidades do Exército boliviano;Denuncia tentativa de desestabilizar instituições democráticas do país;Expressa solidariedade ao governo e ao povo boliviano. “Condenar veementemente a mobilização ilegal de unidades do Exército do Estado Plurinacional da Bolívia na cidade de La Paz, o que constitui uma ameaça ao regime constitucional do Estado Plurinacional da Bolívia e uma insubordinação flagrante às ordens expressas publicamente pelo presidente constitucional, Luis Arce Catacora”, afirma o texto. O documento foi apresentado pelas Delegações de Antígua e Barbuda, Brasil, Chile, Colômbia, Mexico, Paraguai e Uruguai e aprovada por consenso. Veja a cronologia da tentativa de golpe na Bolívia A resolução serve como uma espécie de pressão da diplomacia internacional com o movimento e reforça que a Bolívia é membro da OEA e, assim, está subordinada às resoluções da organização. No texto, os países citam o 4º artigo da Carta Democrática Interamericana e afirmam que o “exercício efetivo da democracia representativa é a base do Estado de Direito e dos regimes constitucionais dos Estados membros da Organização dos Estados Americanos (OEA)”. Tentativa de golpe Militares liderados pelo general Juan José Zúñiga tentaram invadir a sede do governo em La Paz. Tanques do Exército e militares armados chegaram a invadir o Palácio Quemado, a antiga sede do governo que ainda funciona para atos protocolares. Zúñiga foi preso na entrada da sede do Estado-Maior e, segundo a Associad Press, afirmou que o golpe foi orquestrado pelo próprio presidente Luis Arce. Além dele, Juan Arnez Salvador, ex-comandante da Marinha, também foi detido. “No domingo, na escola La Salle, me encontrei com o presidente e ele me disse que a situação está muito complicada”, afirmou Zúñiga. O general disse ainda que recebeu autorização do presidente para levar blindados às ruas. No dia anterior, Zúñiga havia sido destituído do cargo de comandante do Exército após fazer ameaças a Evo Morales — ele afirmou que prenderia Morales caso o ex-presidente volte ao poder. Na discussão entre Arce e o general, os dois gritam, e o presidente ordenou que o ex-comandante do Exército desmobilizasse as tropas. Zúñiga não responde. Após cerca de quatro horas de tensões, o movimento foi desmobilizado por ordem de Arce, e os militares que participaram da tentativa de golpe deixaram o local, cercados por soldados que se mantiveram fiéis ao governo.

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