A Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou uma resolução pedindo que seja reconsiderada a candidatura da Palestina como membro pleno da organização. A adesão de um Estado à ONU depende da aprovação do Conselho de Segurança, fórum no qual os Estados Unidos vetaram no mês passado uma proposta nesse sentido. Foram 143 votos favoráveis, 9 contrários e 25 abstenções. A Assembleia Geral enviou o pedido de adesão palestino ao Conselho de Segurança, recomendando que reconsidere o pleito favoravelmente. Desde 2012, a Palestina detém o status de observador permanente na ONU. O representante de Israel, o embaixador Gilad Erdan, triturou uma cópia do documento fundador da organização. “Vocês estão destruindo a Carta da ONU com suas próprias mãos e deveriam se envergonhar”, disse ele, e completou: “A Assembleia abriu as Nações Unidas aos nazistas modernos, aos jihadistas genocidas que querem um Estado Islâmico em Israel e na região, assassinando todos os homens, mulheres e crianças judeus”. O representante da Palestina, Riad Mansour, argumentou que o voto, sim, não era contrário a nenhum Estado. “O governo de Israel se opõe tanto porque é contra a nossa independência. A solução de dois Estados é um investimento na paz”, disse ele. Enquanto isso, na Faixa de Gaza, a ONU calcula que mais de 100 mil pessoas já fugiram de Rafah nos últimos cinco dias. Muitas famílias relatam que estão se deslocando pela quarta, quinta vez. O Unicef afirma que nenhum combustível e quase nenhuma ajuda entrou no território desde segunda-feira, quando Israel intensificou os ataques à cidade. Caso a situação não mude, toda a operação humanitária pode parar em questão de dias. A fila de caminhões só aumenta e os motoristas temem que os alimentos estraguem. Os bombardeios seguem em toda a faixa. Os mortos passam de 34 mil. Com informações da Agência Reuters
ONU pode reconsiderar candidatura da Palestina como membro pleno
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