O Escritório de Direitos Humanos da ONU condenou, nesta sexta-feira (4), o bombardeio lançado por Israel contra um acampamento de refugiados na Cisjordânia ocupada. O ataque deixou 18 mortos, segundo a Autoridade Palestina. O órgão das Nações Unidas classificou a ação como “ilegal”. O Exército israelense confirmou ter bombardeado, na quinta-feira (3), o campo de refugiados de Tulkarm, no norte da Cisjordânia ocupada. O ataque matou Zahi Yaser Abd al-Razeq Oufi, chefe do Hamas na região. Segundo o Escritório de Direitos Humanos da ONU, o ataque demonstra o uso sistemático de força letal pelas Forças de Defesa de Israel, “muitas vezes desnecessário, desproporcional e, portanto, ilegal”. “O bombardeio faz parte de um padrão muito preocupante de uso ilegal da força pelas forças israelenses na Cisjordânia, que tem provocado danos generalizados aos palestinos e uma grande deterioração dos edifícios e infraestruturas”, disse em comunicado. A destruição “de um prédio cheio de gente por conta de um bombardeio aéreo mostra um desrespeito flagrante das obrigações de Israel”, acrescentou. O órgão também pediu uma investigação independente sobre a ação israelense. O ataque de Israel Palestinos veem destruição após ataque israelense em Tulkarm, na Cisjordânia, em 4 de outubro de 2024 — Foto: REUTERS/Raneen Sawafta O Exército de Israel informou que matou o chefe do Hamas na Cisjordânia por meio de um bombardeio em Tulkarm. Segundo comunicado, o ataque foi baseado em inteligência da Shin Bet, agência de Segurança de Israel. De acordo com as Forças de Defesa de Israel, Zahi Yaser Abd al Razeq Ufial planejou e liderou diversos ataques direcionados a comunidades israelenses. Os militares disseram ainda que ele planejava executar um atentado terrorista em breve. Em comunicado nesta sexta-feira, Israel anunciou que, além do chefe do Hamas na Cisjordânia, um agente-chave na organização terrorista Jihad Islâmica Palestina também foi morto. “Até agora, pelo menos outros sete agentes foram confirmados como eliminados, incluindo membros da Jihad Islâmica Palestina e membros do Hamas, que estavam envolvidos na fabricação de explosivos e na condução de outras atividades terroristas contra o Estado de Israel”, disse. VÍDEOS: mais assistidos do g1