É que durante o período da reforma que pode durar até 1 ano e meio, serão fechados 36 dos 303 leitos leitos por etapa – e ainda não há definido, por parte da Secretaria de Estado da Saúde, um “plano B” para repor essas vagas. “Essa superlotação, ela já existe, no entanto, a gente sabe que pode piorar. Uma vez que, em alguns levantamentos, nós temos até 70% das internações vindas desse pronto-socorro. Então, pode ser que mais pessoas fiquem no pronto-socorro e, com isso, haja aí um atraso no atendimento de quem vier a procurar esse pronto-socorro”, informa Elaine Attaide, superintendente do HC. Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde diz compreender a urgência das obras de climatização do HC e que o Departamento Regional de Saúde (DRS) de Campinas está definindo, de maneira conjunta com a Unicamp, um “Plano de Contingência para que os impactos sejam minimizados”, sem informar qual seria a solução. Já a Secretaria Municipal de Saúde de Campinas disse que acompanha o caso e avalia que o fechamento de 36 leitos de enfermaria no HC “deve provocar sobrecarga nos próximos dias, o que reforça a necessidade do governo do Estado implementar leitos em outros locais para absorver as demandas da região”. Além do pronto-socorro, que responde por 70% da demanda por leitos no HC, outros 30% dessa ocupação são provenientes de atendimentos ambulatoriais agendados pela central de regulação – são 240 mil por ano. Enfermaria do HC da Unicamp terá 36 leitos interditados para obras. — Foto: Reprodução/EPTV Obra necessária A superintendente do HC destaca a necessidade da obra de climatização, já que profissionais e pacientes têm sofrido com o calor na unidade – e que vai oferecer melhor qualidade assistencial e de vida por quem utiliza o serviço. “Na verdade, desde o início da construção isso já era importante. Mas agora, com o advento dessas emergências climáticas que estão ocorrendo, a gente já percebeu que no último verão as temperaturas foram muito altas nesses locais. Inclusive, nós já estamos optando por fazer a primeira área de climatização no local onde essas temperaturas eram mais altas durante a nossa observação”, explica Eliane. O que diz a Saúde? Segundo a Secrataria de Estado da Saúde, o Departamento Regional de Saúde (DRS) de Campinas recebeu, em 1° de setembro, o pedido de apoio na contratação de leitos para que nenhum paciente fique desassistido. “De maneira conjunta com o HC Unicamp, está sendo definido um Plano de Contingência pactuado com a região para que os impactos assistências aos pacientes sejam minimizados. Ambas as partes seguem em conversas constantes para que as obras tenham início no momento certo e os atendimentos continuem normalmente”. Já a Secrataria Municipal de Campinas, responsável pela gestão dos leitos em hospitais municipais, acredita que possa ter reflexos na rede com o fechamento de vagas no HC. “O prefeito Dário Saadi está em tratativas avançadas com o Estado para a construção do Hospital Metropolitano em razão dessa procura de pacientes de outras cidades. Na última semana de agosto, a Administração ampliou em 23 leitos a capacidade do SUS Municipal após finalizar acordos sobre dois convênios com a rede privada”, diz, em nota. A pasta completa ainda que atualmente, “a densidade de leitos municipais por habitante em Campinas (2,48) já é superior aos indicadores verificados na região, por meio do Departamento Regional de Saúde VII (1,57), Estado de São Paulo (2,05) e Brasil (1,99).” HC da Unicamp — Foto: Reprodução/EPTV VÍDEOS: tudo sobre Campinas e região