O número de veículos cadastrados para operar no transporte por aplicativo em Campinas (SP) cresceu 364% nos últimos sete anos. São 405,9 mil contra 87,4 mil, de 2018, segundo a Emdec, empresa responsável pela gestão do trânsito na metrópole. Já o número de condutores autorizados a operar o serviço na cidade chegou a 251.739 em 2024, contra 92.214, quando os dados de motoristas passaram a ser considerados, o que representa alta de 172,9%. Vale destacar que o número não representa, necessariamente, o total de trabalhadores ativos no sistema mas, sim, os que possuem autorização para trabalhar. Cada condutor pode ter mais de um veículo registrado para operar o serviço. Na avaliação do economista Pedro Costa, do Observatório PUC-Campinas, o aumento constante no número de veículos e motoristas cadastrados indica que há uma rentabilidade mínima para manter e incentivar novas pessoas a entrarem no negócio. O especialista, no entanto, lembra que o modelo de ocupação não oferece uma renda garantida, nem benefícios que emprego formal dá ao trabalhador, como férias remunerada e 13º salário, e isso deve ser levado em consideração. “O profissional tem que se programar para poder dar o descanso, porque o corpo pede, e também fazer um fundo para as despesas, que são grandes”, alerta. Osmar Faria, de 65 anos, é um dos motoristas cadastrados para o transporte por aplicativo em Campinas. Ele trabalha normalmente das 7h às 17h, e estabeleceu uma meta diária de corridas para garantir uma renda mensal que colabore no orçamento. “Eu tenho minha meta, vejo que está bom, procuro o retorno para minha casa. O dia está ganho”, diz. Número de veículos cadastrados para uso no transporte por aplicativo em Campinas (SP) cresceu 364% desde 2018 — Foto: Reprodução/EPTV VÍDEOS: tudo sobre Campinas e região