Nome de Kamala Harris ainda não é consenso no partido dos Democratas

Nome de Kamala Harris ainda não é consenso no partido dos Democratas

Ainda não há consenso no partido Democrata em relação ao nome de Kamala Harris, favorita para disputar a presidência dos Estados Unidos, após o presidente Joe Biden desistir da campanha eleitoral nesse domingo (21). Segundo o professor de geopolítica e relações internacionais, João Nyegray, há uma “disputa em aberto”. “A Kamala tem que solidificar o apoio dos chamados delegados democratas de 12 estados e dos territórios, que são os líderes dos partidos, funcionários eleitos… ” Pelo menos um nome ainda pode concorrer com Kamala para escolha de quem irar disputar contra Donald Trump: o de Sherrod Brown, Senador por Ohio. Após Biden anunciar apoio a Kamala, a atual vice-presidente já recebeu apoio de muitos outros democratas, como o ex-presidente Bill Clinton e da ex-secretária de Estado, Hillary Clinton. Outros possíveis concorrentes, como os governadores G da Califórnia, e da Pensilvânia, já declararam apoio a Kamala. Na manhã dessa segunda (22) foi a vez dos governadores de Michigan e de Illinois também desistirem de candidatura própria e passarem a apoiar a vice-presidente.  De acordo com João Nyegray, a definição do nome do adversário de Donald Trump, depende de muita negociação interna. “Uma coisa é nomear o candidato à presidente. Outra coisa é nomear o candidato para vice que, na convenção dos Democratas e ocorreu também na convenção dos Republicanos, é uma votação em separado. Normalmente essa convenção ratifica o indicado pelo partido. E se a Kamala Harris for hábil o suficiente para unir os democratas rapidamente, ela pode buscar um nome forte para disputar com ela”. A convenção do partido Democrata vai acontecer entre 19 e 22 de agosto, em Chicago. Segundo Vinícius Bicalho, membro da Associação Norte-Americana de Advogados de Imigração, o financiamento é um tema prioritário na disputa interna durante as prévias partidárias. Há também a expectativa de um possível apoio explícito do ex-presidente Barack Obama e da ex-presidente da Câmara, Nancy Pelosi. O que ainda não aconteceu, explica Vinícius Bicalho.  A disputa interna nas prévias gera alguns desgastes nos candidatos e algumas fissuras. Então, os caciques dos partidos tentam deixar para o fim a sua manifestação de apoio para não potencializar esse processo de desgaste. Não podemos esquecer: no atual processo eleitoral, o partido Democrata larga com atraso e contra um nome completamente consolidado que é o de Donald Trump”.  No exterior, líderes mundiais também se posicionaram sobre a saída de Biden da corrida presidencial dos EUA. O gabinete do primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, informou que a aliança Japão-EUA continua a ser eixo das políticas diplomáticas e de segurança do país. O alemão, Olaf Scholz disse que a decisão de Biden de não concorrer merece reconhecimento, e que os EUA continuam sendo um parceiro bom e confiável. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que pretende ver Biden nos próximos dias, e que Israel continuará sendo aliado dos EUA, independentemente do candidato eleito. Kamala Harris se pronunciou em uma rede social, dizendo que vai trabalhar para unir o partido Democrata e vencer o candidato Republicano, Donald Trump. Nas redes sociais, Trump foi provocativo e escreveu que Joe Biden nem “se lembra de ter desistido da corrida” presidencial. Antes de se tornar vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, 59 anos, foi senadora e a primeira mulher a procuradora-geral da Califórnia. A campanha dela arrecadou cerca de US$ 50 milhões em doações após Biden desistir de concorrer, segundo a porta-voz Lauren Hitt.

Postagens relacionadas

Polícia prende suspeito de matar mulher de 35 anos em Santa Cruz das Palmeiras

Sem laudo contra incêndios, prédio da Prefeitura de Piracicaba tem adequação prevista para 2025

Promotores concordam em adiar sentença de Donald Trump em caso que envolve atriz pornô