Nasrallah foi morto em um ataque nesta sexta-feira (27), nos subúrbios ao sul de Beirute, no Líbano. Ele comandava o Hezbollah desde 1992 e era considerado uma figura importante no Oriente Médio. Netanyahu disse que Nasrallah era o “principal motor do eixo do mal do Irã” e o classificou como “não um terrorista, mas o terrorista”. “A eliminação de Nasrallah é um passo necessário para mudar o equilíbrio de poder no Oriente Médio”, afirmou o primeiro-ministro. E completou: “Nosso trabalho não terminou, dias desafiadores estão à frente”. Mais cedo, um porta-voz das Forças de Defesa de Israel disse que o país deve promover novos ataques no Líbano para atingir estruturas do Hezbollah. Guga Chacra: É a morte de maior impacto do século no Oriente Médio O que está acontecendo Israel e Hezbollah vem trocando ataques mais intensamente há uma semana, que já deixaram mais de 700 mortos no Líbano e provocaram o mais êxodo do país desde a guerra de 2006, também entre Israel e Hezbollah. O Exército de Israel informou que enviou duas brigadas para o norte de Israel e está acionando três batalhões da reserva para uma possível incursão terrestre no Líbano. Por enquanto, porém, essa incursão não foi confirmada. Apesar das mortes e dos milhares de desabrigados, o Ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, disse, neste sábado, que a guerra não é contra o povo libanês. “Ele (Nasrallah) foi o assassino de milhares de israelenses e cidadãos estrangeiros. Ele era uma ameaça imediata às vidas de milhares de israelenses e outros cidadãos”, declarou o ministro. “Ao povo do Líbano, eu digo: Nossa guerra não é com vocês. É hora de mudar.” Os conflitos no Oriente Médio começaram em 7 de outubro do ano passado, quando o grupo extremista Hamas, da Faixa de Gaza, atacou uma festa rave em Israel e outros pontos do país, deixando mais de 1.200 mortos e sequestrando centenas de israelenses. Israel passou a atacar a Faixa de Gaza na sequência, alegando que o alvo eram integrantes do Hamas. No entanto, os ataques que ocorrem desde então devastaram a região da e deixaram mais de 40 mil palestinos mortos, a grande maioria de civis. Em apoio ao Hamas, o Hezbollah também começou a atacar Israel ainda no ano passado. O conflito entre o exército israelense e o grupo libanês permanece desde então, mas se intensificou na semana passada, após explosões em série de pagers e walkie-talkies de membros do Hezbollah, que acusam Israel pelo ataque. *Com informações da agência de notícias Reuters