Não queremos passar mão na cabeça de ninguém, mas mostrar realidade, diz Babu Santana sobre série

Não queremos passar mão na cabeça de ninguém, mas mostrar realidade, diz Babu Santana sobre série

São Paulo O ator Babu Santana está prestes a aparecer na série original Globoplay “O Jogo que Mudou a História” de uma forma muito diferente. Por mais que esteja acostumado a figurar em tramas que abordem a violência, a partir do dia 13, ele dará vida a um homem cruel cujas cenas gravadas podem chocar muita gente -sobretudo no primeiro episódio. Em papo com a imprensa na manhã desta segunda-feira (3), o artista contou um pouco sobre o que o público poderá esperar de seu trabalho e do projeto em si, cuja produção e criação são do líder do AfroReggae Audiovisual, José Junior. “Não queremos passar a mão na cabeça de ninguém, mas mostrar a realidade”, comenta. “Há um olhar de dentro dessa confusão, principalmente de quem mora nas comunidades, e isso é importante para nortear a trama. Não vamos mostrar só os caras malvados, mas todo o contexto”, conta ele, intérprete do membro da facção criminosa Turma do Fundão. A trama se passa no Rio de Janeiro das décadas de 1970 e 1980 e aborda uma guerra de dentro do presídio de Ilha Grande que se estende às favelas e invade até mesmo o campo de futebol com uma fatídica e trágica partida. Em dez episódios, o público vai entrar com tudo na briga entre a falange Jacaré e a Turma do Fundão que durou 25 anos. Na história, há muitas cenas fortes e violentas, mas nada que Babu já não possa ter presenciado. Ele, até hoje, é morador do Vidigal, uma das maiores favelas do país. “É engraçado ver isso relatado e algumas pessoas ficarem impressionadas com coisas que eram do nosso dia a dia. Por muito tempo, a gente normalizou isso. Quando se mora em favela, a vida do crime permeia você”, afirma. Segundo ele, na favela onde mora, há um ditado: “Fecho contigo, mas não fecho com sua vacilação. A favela tem muita alegria, apesar da carência. Vai ser bom contar uma história como essa”, diz. De acordo com Babu, em nenhum momento o elenco se sentiu amedrontado por gravar em favelas reais como a Rocinha. “Mas tensão mesmo foi quando precisamos ir filmar no presídio Frei Caneca, já desabitado. A energia era ruim”, relembra.

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