“O câncer de fígado é de difícil tratamento e aparece a partir da infecção de hepatite B e C e da infiltração gordurosa do fígado. Então não se justifica ter essa doença mais. Ou seja, se a gente vacinar as pessoas certas e tratar a hepatice C, nós vamos acabar com o tumor de fígado no Brasil”. A afirmação do médico oncologista Fernando Medina da Cunha resume a complexidade do câncer de fígado ao atravessar a seriedade da doença e a esperança com tratamentos e diagnósticos. Em Campinas (SP), no entanto, a análise tem potencial sensibilidade por conta dos números. Vacina que protege contra hepatite B — Foto: TV Globo/Reprodução Entre 2022 e 2023, as mortes por câncer de fígado aumentaram 16,9% – passaram de 71 para 83, segundo a Secretaria Municipal de Saúde. Evolução que foi acompanhada pelo crescimento dos casos de hepatites. Segundo médicos, as hepatites podem ser responsáveis por metade dos diagnósticos de câncer de fígado. Os diagnósticos de hepatite B aumentaram 40% no ano passado, enquanto a hepatite C cresceu 38% entre campineiros. No caso da hepatite B, a vacina é uma forma de prevenção eficaz e segura, indicam médicos. “A vacina é extratamente eficiente, mais de 95% de sucesso para hepatite B. [Já] A hepatite C é curada através de tratamento com antiviral”, explica o oncologista. Mortes por câncer de fígado e casos de hepatites B e C aumentam em Campinas Fonte: Secretaria Municipal de Campinas ‘Vou superar’ Ao perder dois irmãos por infarto, Jaime resolveu fazer uma bateria completa de exames. O coração segue saudável, mas ele descobriu um tumor no fígado. “Deu o tumor no fígado e comecei a ir atrás para ver o tamanho e a densidade que era. Já passei por tanta coisa na vida e que tive superar que falei: ‘vou superar também'”, resumiu. O paciente segue em tratamento. VÍDEOS: Tudo sobre Campinas e Região