Maria Ferreira Cesco, de 85 anos, é aposentada e cultiva muitas plantas no quintal de sua casa, em Campinas (SP). Dentre elas, uma se destacou no mês de julho por seu tamanho e beleza: a flor da espécie bastão-do-imperador (Etlingera elatior). Originária do Sudeste Asiático, a planta foi trazida para o Brasil para fins ornamentais. Mas falando especificamente da muda da dona Maria, esta chegou em Campinas após uma viagem à Chapada dos Guimarães, no Mato Grosso. Lá, ela conheceu uma senhora que lhe deu a planta de presente. Flor de bastão-do-imperador (Etlingera elatior) cultivada em Campinas — Foto: Paloma de Oliveira “Eu tenho uma família muito grande que mora em Cuiabá. E aí a minha irmã mora lá há muitos anos, há mais de 30 anos. A cada três ou quatro anos, eu vou lá passear”, conta Maria. A aposentada nunca tinha visto uma flor tão grande e diferente como a bastão do imperador, que também é conhecida como gengibre-de-tocha. “A flor sai de dentro do chão e vai abrindo, lá em cima. E ela dura, 15 dias ou até mais. Já faz 15 anos que eu trouxe a muda. Ela deu flor uma vez e todo mundo ficou encantado”, relata. Segundo informações do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), as hastes de onde surgem as flores da planta podem medir entre 1,5 e 2 metros de altura, brotam diretamente do sistema de rizomas e são separadas das hastes vegetativas – por isso parece que a flor “sai de dentro do chão”. As flores da espécie podem ter um diâmetro de até 25 cm e são lançadas principalmente entre os meses de dezembro a março, mas ocasionalmente surgem também no mês de junho. A coloração delas pode variar entre vermelho, rosa e branco. Flor pode variar entre as cores vermelho, rosa e branco — Foto: Paloma de Oliveira Paloma de Oliveira, de 29 anos, é neta de Maria e autora dos registros. Apaixonada por fotografia, Paloma aproveita o quintal da avó para arrumar assuntos para suas fotos. VÍDEOS: Destaques Terra da Gente