A mobilização é feita por militares da Academia da Força Aérea (AFA) e muitos deles são gaúchos, que se emocionam com a tragédia e ao mesmo tempo convivem com a saudade e a preocupação pelos familiares. “Hoje é aniversário dela [mãe] e a gente está passando o aniversário de uma forma inesperada. Mas é de gratidão porque estamos vivos, eles estão vivos e estamos aí, né?. Estamos juntos e não pensem que estão sozinhos. O Rio Grande do Sul não está sozinho”, disse emocionada Shaiane Lima dos Santos, militar encarregada da seção de equipamento de voo, que é de Canoas (RS). AFA faz campanha para doações ao RS e conta com ajuda de militares gaúchos Trabalho de recebimento e separação de doações Somente na AFA são mais de 600 militares trabalhando. Eles recebem e separam roupas alimentos, água, ração e materiais de limpeza, na operação Taquari 2, uma ação conjunta entre o Exército, Marinha e Aeronáutica. “Nós entendemos que nós deveríamos manter a nossa rotina a nossa atividade própria da Academia da Força Aérea, mas vimos também que a gente tinha essa a missão de ajudar aqueles mais necessitados no Rio Grande do Sul”, disse o brigadeiro comandante da AFA Marcello Lobão Schiavo. Militares da AFA em Pirassununga separam donativos para o envio para o Rio Grande do Sul — Foto: Ely Venancio/EPTV Os donativos são trazidos para os caminhões que seguem pelas rodovias até a base aérea de São Paulo, que fica em Guarulhos. Há outras bases em Brasília e no Galeão, no Rio de Janeiro. A partir dali, eles são levados via aérea para base aérea de Canoas. A família da cadete Kamila Zimermann Backesa também é gaúcha da cidade de Santa Maria, mais uma que foi atingida pelos alagamentos. O pai dela também é militar e trabalha na base da Força Aérea do município. Militares da AFA em Pirassununga separam roupas para doação para o RS — Foto: Ely Venancio/EPTV “Sai muito cedo de casa e volta muito tarde. Eu quase não consegui falar com eles exatamente por causa disso. Está um trabalho incessante, porque além das doações tá tendo todo o trabalho de busca e Resgate e ele tá participando ativamente disso”, afirmou. A segundo tenente Mônia Kurrle Feller Albrecht é de Esteio. Enquanto separa cada uma das doações, ela lembra da família e dos amigos. “A medida que as notícias chegam, eu acredito que, assim como eu, muitas pessoas elas fiquem sem palavras para descrever tanta tristeza e tanta dor”, falou emocionada. Sobe para 100 o número de mortes confirmadas no RS, segundo a Defesa Civil Canoas alagada durante enchente no Rio Grande do Sul — Foto: Globo/Reprodução VÍDEOS DA EPTV:
Militares gaúchos da AFA se emocionam em mobilização por doações no interior de SP: ‘Rio Grande do Sul não está sozinho’
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