Rio de Janeiro
Longe da Globo há quatro anos, Malvino Salvador reconhece que foi surpreendido com a demissão após 16 anos de casa. Ele lembra ter ficado preocupado com as finanças assim que soube que não teria o contrato renovado. “No primeiro momento, deu um baque. Tinha quatro filhos para cuidar e a conta aqui em casa é alta. Mas graças a Deus eu tinha conseguido criar um colchão”, diz o ator que sempre buscou ter outras fontes de renda, fora a televisão
Sócio de uma rede de academias de jiu-jitsu, uma de barbearias e de uma clínica de transplante capilar, Malvino é formado em Ciências Contábeis e afirma que nunca pensou em ser ator. “Existem pessoas que nascem para ser artistas. No meu caso, não imaginava que seria ator. Fiz contabilidade, trabalhei na parte de finanças e vendas na iniciativa privada”.
Quando foi contratado pela Globo (o seu primeiro personagem foi Tobias, em “Cabocla”), o ator se apaixonou pela profissão, mas sempre manteve o gosto por negócios. “Vejo, hoje, que foi fundamental ter diversificado as minhas fontes de renda. Além disso, é algo que me dá prazer. É algo que gosto de fazer. Não faria sentido ter passado tanto tempo estudando e trabalhando nessa área e não aplicar”, comenta em entrevista ao jornal O Globo.
Malvino não esconde que tem vontade de voltar à TV. “Se surgisse alguma oportunidade legal, eu faria com certeza. Tenho um carinho muito grande pela minha trajetória, adoro fazer novela, cinema, teatro e série. Não importa o formato. O mais importante é a qualidade da personagem, se ela tem enredo, se pode desenvolver algo bacana, se tem bons conflitos. Isso é o que dá prazer para o ator, não importa o meio”.