“Sem catequistas nada se pode fazer aqui”, afirma o P. Renzo Adorni, missionário em Luanda, na paróquia Bom Pastor. Membro da Sociedade das Missões Africanas, encontra-se na capital angolana desde 1998. Agora, com uma certa idade, já não consegue andar pelos bairros, mas encontra as pessoas na mesma para as ouvir e rezar com elas – contou à agencia FIDES. Vatican News “Sem catequistas nada se pode fazer aqui”, afirma o P. Renzo Adorni, missionário em Luanda, na paróquia Bom Pastor. “Na nossa paróquia tínhamos cerca de 400 e enviamos alguns às novas às novas paróquias que fundamos e confiamos ao clero local – continua o sacerdote da Sociedade para as Missões Africanas (SMA). Nos últimos anos – continua – foram ordenados aqui dez novos sacerdotes: jovens nascidos e crescidos no nosso bairro. Orientámo-los para o seminário diocesano, sem os enviar para a SMA, porque a nossa tarefa é dar vida a uma Igreja sólida, com um clero local. Este ano, porém, iniciamos também um grupo vocacional missionário, para quem quer ser como nós, pronto para ir a outros países anunciar Jesus”. “As nossas escolas – diz o missionário – formaram engenheiros, enfermeiros, médicos, técnicos que trabalham nas plataformas petrolíferas, pessoas empregadas na administração, no governo, mas que não se afastaram da Igreja e agora ajudam-nos de muitas maneiras, como por exemplo, enfermeiras que dedicam duas ou três horas por semana ensinando catequese a crianças ou adultos, quando poderiam optar apenas por cuidar dos seus próprios assuntos”. “Agora estou velho: muita gente nem sabe o meu nome e não me chama de “Padre Renzo” mas diz “Avó”. Com os meus 85 anos de idade, já não consigo andar pelos bairros como antes, canso-me facilmente. Agora é ‘” montanha que vem ter com Maomé!” – diz sorridente o P. Renzo. Muitas pessoas vêm visitar-me todos os dias. Nunca encontrei tantas pessoas como agora. Elas vêm para falar dos seus problemas, para procurar ajuda, para falar sobre a sua família, os seus filhos, o seu medo de feitiços e bruxaria… Ou até mesmo para pagar o dízimo. Cada cristão paga 240 kwanzas por mês para apoiar a Igreja. Mas nunca encontro uma pessoa sem fazer uma oração juntos. Isso toca as pessoas que então dizem: ‘Vai lá, para aquele padre; ele vai-te ajudar a rezar. Isto é muito importante! É para mim uma nova descoberta. Mesmo antes de receber pessoas, eu falava, fazia muitos trabalhos… Agora, em vez disso, rezo e as pessoas vão-se embora satisfeitas”. “Se eu tivesse 20 anos a menos, pediria transferência para outras dioceses do interior. Há duas enormes que pedem ajuda: Luena, que tem apenas dez sacerdotes, e Cubango, ainda maior, com algumas vocações e enormes dificuldades. Rezo ao Senhor para que inspire nos jovens este mesmo desejo missionário: porque vale a pena! Esta é a minha missão hoje: encontrar as pessoas como Jesus as encontrou, mesmo nas situações mais absurdas. Depois da Costa do Marfim e da Nigéria, o P. Renzo está como missionário em Angola desde 1998 juntamente com Pe. Luigino Frattin de Treviso e Pe. Sabedoria Denu Pascal, da Nigéria. A paróquia onde se encontra é imensa e fica na periferia norte de Luanda: uma zona pobre, com muitas dificuldades, mas também com grandes oportunidades de alegria. Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui e se inscreva no nosso canal do WhatsApp acessando aqui