As investigações apontam que a quadrilha movimentou ao menos R$ 4,6 milhões durante o esquema. Em entrevista coletiva, o promotor Frederico de Camargo explicou que o suspeito preso com o montante em dinheiro é a figura mais alta identificada na hierarquia da organização. A identidade dele não foi divulgada. A atuação do grupo ocorria, principalmente, em Ribeirão e Monte Alto (SP). “Essa investigação começou com uma figura central, depois percebeu que tinha uma ascendência. Não era mais o líder, o líder estava acima dele, que foi preso hoje com essa dinheirama, que representa a hierarquia dele. Uma investigação que detectou uma estrutura criminosa voltada para o tráfico de drogas com lideranças baseadas em Ribeirão Preto e atividades em Monte Alto e região”, disse. Líder de grupo alvo da PF e Gaeco por tráfico de drogas foi preso com meio milhão de reais em dinheiro em Ribeirão Preto — Foto: Polícia Federal Ao todo, os agentes buscam cumprir oito mandados de prisão e 11 de busca e apreensão em Ribeirão Preto, Monte Alto, Matão (SP) e Fortaleza (CE). Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Criminal da Justiça Estadual em Monte Alto. Até a publicação desta reportagem, seis prisões temporárias haviam sido cumpridas e outras duas pessoas, seguiam foragidas. Além das prisões e buscas, a operação mira também o sequestro de propriedades, veículos e ativos financeiros registrados em nome dos investigados, das empresas deles e de terceiros utilizados como intermediários para lavar o dinheiro. Dinheiro apreendido em operação da PF e Gaeco em SP e CE contra grupo que lavou R$ 4,6 milhões do tráfico de drogas — Foto: Polícia Federal Como funcionava o esquema? Os alvos da operação vão desde quem fazia logística do transporte das drogas, a contabilidade até a revenda dos entorpecentes. Em Fortaleza, os agentes cumpriram um mandado de busca contra um suspeito de falsificar documentos. Ele não foi preso. De acordo com o promotor, os criminosos comercializavam pequenas e grandes quantidades de drogas no interior de São Paulo. “Tinha uma estrutura em Monte Alto de comércio de varejo, mas eles tinham também a forma de se vender no atacado, isso não tem fronteira. Não só tinham o controle do tráfico local, como também tinham método de repassar grandes valores, grandes quantidades de drogas”, afirmou Camargo. Os investigados devem responder pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro. Caso sejam condenados, as penas podem ultrapassar os 35 anos de prisão. A operação ganhou o nome de “Chibarrada”, em alusão ao apelido de um dos investigados, conhecido como “Bodinho”, que ocupava posição de destaque na estrutura do grupo. Agentes da Polícia Federal em operação contra tráfico de drogas em SP — Foto: Polícia Federal Vídeos: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e região
Líder de grupo alvo da PF e Gaeco por tráfico de drogas foi preso com meio milhão de reais em dinheiro em SP
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