De acordo com o ministro da saúde do Líbano, Firass Abiad, 55 hospitais libaneses foram atingidos por bombardeios israelenses, desde outubro do ano passado. Desses, 36 foram alvos diretos, levando ao fechamento de oito unidades. Cento e sessenta e três socorristas e outros profissionais de saúde foram mortos, outros 272 ficaram feridos. E houve casos em que o exército de Israel impediu o resgate dos corpos das vítimas. Em Hasbaya, no sul do Líbano, um ataque israelense a uma pousada que estava sendo usada por profissionais de imprensa matou três jornalistas e feriu vários outros. As vítimas eram de uma emissora pró-Irã e de um veículo do Hezbollah, que acusam Israel de mirar deliberadamente o prédio. Israel não respondeu. A agência de refugiados da ONU, Acnur, informou que ataques aéreos israelenses na noite passada destruíram mais uma passagem para a Síria, que vinha sendo usada por refugiados libaneses para deixar o país. Israel informou que a passagem no norte do vale de Bekaa vinha sendo usada pelo Hezbollah para transferir armas para o Líbano. A força de paz da ONU no Líbano, Unifil, afirmou que integrantes da missão tiveram que evacuar de uma torre de vigilância perto da cidade de Dhayra, no sul do país, depois que soldados israelenses abriram fogo contra a posição. As tropas israelenses também teriam danificado deliberadamente câmeras e equipamentos de iluminação e comunicação. A Unifil informou que outras duas unidades foram atingidas na quarta-feira por projéteis de origem desconhecida, danificando instalações e veículos. Em Israel, uma mulher e um adolescente, ambos de origem palestina, foram mortos em um ataque com foguetes do Hezbollah na cidade de Majd al-Krum, de maioria árabe, na região da Galileia. Pelo menos outra vinte pessoas ficaram feridas, incluindo crianças. O Hezbollah informou que o ataque tinha como alvo a cidade israelense de Karmiel. Na cidade de Haifa, sete israelenses, incluindo dois menores, foram indiciados por suspeita de realizarem espionagem para o Irã em troca de dinheiro. Na Faixa de Gaza, ataques militares israelenses mataram pelo menos 72 pessoas nas últimas 24 horas, no norte do território, forças israelenses lançaram um ataque noturno a um hospital. Apenas na cidade de Khan Younis, no sul, bombardeios mataram 38 pessoas, a maioria mulheres e crianças. O exército israelense afirma que matou vários atiradores palestinos e desmantelou infraestrutura militar do Hamas. O Unicef, agência da ONU para a infância e juventude, denunciou hoje que crianças palestinas estão morrendo por serem impedidas de sair de Gaza para receber tratamento de emergência. Antes as remoções chegavam a 300 por mês, agora seriam menos de 30. No ritmo atual, demoraria sete anos para assistir todas as crianças feridas. O exército de Israel não comentou. *Com informações da Agência Reuters.