Juiz Sérgio Lazzareschi de Mesquita decidiu que Luiz Augusto Pinheiro de Souza vai cumprir penas de três anos, sete meses e 10 dias de detenção, e um ano de reclusão, também em semiaberto. Réu pode recorrer em liberdade. A Justiça condenou o pecuarista Luiz Augusto Pinheiro de Souza, acusado de deixar em situação de maus-tratos, sem água e comida, mais de mil búfalas na fazenda Água Sumida, em Brotas (SP). Na sentença, o juiz Sérgio Lazzareschi de Mesquita decidiu que o réu vai cumprir penas de um ano de reclusão, no regime semiaberto, e três anos, sete meses e 10 dias de detenção, também no regime inicial semiaberto. Também está previsto pagamento de multa. Apesar da condenação, o juiz informou na sentença que Luiz Augusto poderá recorrer da decisão em liberdade. Ainda na decisão, Mesquita decretou “o perdimento dos animais apreendidos, e ainda vivos, em favor da ONG ARA (O Bicho Vai Pegar), que já possui a guarda deles há tempo considerável”. Ou seja, eles passam a pertencer à entidade. Justiça condena fazendeiro acusado de maus-tratos a mais de mil búfalas em Brotas Na sentença, o juiz Sérgio Lazzareschi de Mesquita decidiu que o réu vai cumprir penas de três anos, sete meses e 10 dias de detenção no regime inicial semiaberto, e um ano de reclusão, também em semiaberto. Além disso, está previsto pagamento de multa. Apesar da condenação, o juiz informou na sentença que Luiz Augusto poderá recorrer da decisão em liberdade. O g1 entrou em contato com a defesa do réu, mas não havia obtido retorno até a publicação desta reportagem. O fazendeiro de Brotas acusado de maus-tratos, Luiz Augusto Pinheiro de Souza — Foto: Reprodução/TV Globo Ainda na sentença, Mesquita decretou “o perdimento dos animais apreendidos”. Ou seja, os animais passam a pertencer às 3 ONGs que cuidam das búfalas atualmente. “O mal causado pelos delitos, portanto, diante de sua magnitude, transcenderam, em muito, ao resultado típico normal. A extrema crueldade com que o réu agiu, privando os animais de alimentos e água por longo período, deixando vários deles agonizando em local totalmente inadequado, sem pastagem e expostos ao sol, são circunstâncias que também tornam a conduta evidentemente mais grave”, escreveu o magistrado. Na decisão, o juiz ainda absolveu outros réus: Antônio Virginio da Silva e Rui Chichinelli (funcionários da fazenda Água Sumida), Rinaldo Ferrarezi (policial militar da reserva – segurança) e Miguel Arcanjo Valencise (médico veterinário). Relembre a cronologia do caso Búfalas que foram encontradas em situação de maus-tratos em Brotas são transferidas para novo lar — Foto: Larissa Maluf/Arquivo Pessoal NOVEMBRO DE 2021: Em novembro de 2021, após denúncias, a Polícia Ambiental encontrou mais de mil búfalas em situação de abandono em uma fazenda de Brotas. De acordo com a polícia, os animais estavam em péssimas condições, sem comida e água. Pelo menos 22 deles já estavam mortos.Voluntários se mobilizaram para cuidar dos animais e, liderados por Alex Parente, da ONG Amor e Respeito Animal (ARA), começaram a trabalhar na recuperação dos bubalinos, além de travar uma briga judicial pela tutela do rebanho que foi doado à ONG no dia 20 de janeiro.DEZEMBRO DE 2021: Pelo menos 98 carcaças de búfalos foram localizadas e desenterradas por peritos da Universidade de São Paulo (USP) e Universidade Estadual Paulista (Unesp) na fazenda. O relatório final da perícia ambiental concluiu que as búfalas passaram por mais de um período de estresse, sem alimento e água.O pecuarista Luiz Augusto Pinheiro de Souza, dono da fazenda Água Sumida, foi denunciado pelo crime de maus-tratos contra pelo menos 991 búfalos e cavalos vivos e 137 animais que morreram ou foram encontrados mortos. Também foi denunciado por ameaça, falsificação de documentos e falsidade ideológica. JANEIRO DE 2022: A 1ª Vara de Justiça de Brotas determinou que as mais de mil búfalas fossem doadas a ONG Amor e Respeito Animal (ARA), que cuida dos animais desde novembro de 2021.A Divisão de Capturas da Polícia Civil prendeu o pecuarista Luiz Augusto Pinheiro de Souza. Ele foi encontrado pela polícia em São Vicente, no litoral de São Paulo, enquanto saia de um mercado. Ele era considerado foragido da Justiça, e sua prisão foi decretada em dezembro de 2021. Búfalo Arvol foi o último bubalino a ser retirado da Fazenda Água Sumida, em Brotas — Foto: Larissa Maluf/Arquivo Pessoal Cavalos que foram encontrados em situação de maus-tratos em Brotas são transferidos para novo lar — Foto: Larissa Maluf/Arquivo Pessoal REVEJA VÍDEOS DA EPTV:
Justiça condena fazendeiro acusado de maus-tratos a mais de mil búfalas no interior de SP
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