Juiz adia decisão sobre o que fazer com condenação de Trump por comprar silêncio de atriz pornô

Juiz adia decisão sobre o que fazer com condenação de Trump por comprar silêncio de atriz pornô

Um juiz de Nova York adiou a decisão sobre o que vai fazer com condenação criminal de Trump por ter comprado o silêncio de uma atriz pornô por US$ 130 mil —cerca de R$ 650 mil–, segundo a agência Associated Press. Era esperado que ele emitisse parecer nesta terça, mas Juan Merchan pediu mais uma semana, até o dia 19, para decidir. De acordo com e-mails apresentados no tribunal nesta terça, os advogados de Trump e os promotores concordaram nos últimos dias com o adiamento de uma semana na decisão para a equipe de Merchan possa apresentar sua opinião sobre o que fazer sobre o caso. Devido às “circunstâncias sem precedentes”, os promotores precisam considerar como equilibrar os “interesses concorrentes” do veredito do júri e da presidência dos EUA, segundo o promotor Matthew Colangelo. A decisão do júri, anunciada num tribunal de Nova York, foi unânime. Trump foi declarado culpado em todas as 34 acusações pelos 12 integrantes do colegiado. Com a presidência de Trump, o juiz Merchan, que presidiu o julgamento de Trump, agora deverá decidir se anula o veredito do júri e ordena um novo julgamento — ou até mesmo se descarta as acusações completamente. A decisão do juiz também pode afetar a sentença de Trump, marcada para sair em 26 de novembro. O republicano reconquistou a Casa Branca na semana passada. Ele nega as acusações e afirma que não teve o relacionamento. Os advogados de Trump citaram essa decisão para argumentar que o júri no caso do pagamento silencioso recebeu evidências que não deveria ter, como a declaração financeira presidencial de Trump e o depoimento de alguns assessores da Casa Branca. Os promotores discordaram e disseram que as evidências em questão foram apenas “uma parte” do caso. A condenação criminal de Trump foi a primeira de um ex-presidente dos Estados Unidos. Ele enfrenta a possibilidade de punições que variam de multa até quatro anos de prisão. O caso gira em torno de como Trump contabilizou o reembolso feito ao seu advogado pessoal pelo pagamento a Daniels. O advogado, Michael Cohen, adiantou o dinheiro, e depois recuperou o valor por meio de uma série de pagamentos que a empresa de Trump registrou como despesas legais. Trump, já na Casa Branca, assinou a maioria dos cheques pessoalmente. Os promotores afirmaram que a designação foi feita para ocultar o verdadeiro propósito dos pagamentos e ajudar a encobrir um esforço maior para evitar que eleitores ouvissem alegações prejudiciais sobre Trump durante sua primeira campanha presidencial. Trump disse que Cohen foi pago legalmente por seus serviços e que a história de Daniels foi abafada para evitar constranger sua família, não para influenciar o eleitorado. Trump tem lutado há meses para reverter o veredito e agora poderia tentar usar seu status como presidente eleito, segundo a agência. Enquanto pressiona Merchan para anular a condenação, ele também tem tentado mover o caso para a justiça federal. Antes da eleição, um juiz federal negou a mudança, mas Trump apelou. Nos EUA, Donald Trump anuncia três novos nomes para o governo

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