Mesmo com a infraestrutura de Beirute comprometida, a movimentação de voos na capital libanesa foi intensa nesta sexta-feira (04). Cidadãos da Europa, Ásia e Oriente Médio continuaram fugindo, enquanto Israel intensifica os bombardeios contra o Líbano com o principal objetivo de atingir o grupo islâmico Hezbollah. Internamente, mais de um milhão de libaneses foram deslocados, principalmente do sul do país. Nos últimos dois dias, os ataques de Israel se intensificaram, principalmente na fronteira do Líbano com a Síria. Os mísseis israelenses bloquearam a principal passagem entre os dois países. As bombas chegaram a formar uma cratera de 4 m de largura. Com essa passagem bloqueada, milhares de pessoas tentam deixar o Líbano a pé. De acordo com o governo libanês, mais de 300 mil pessoas, a maioria síria, já deixaram o país nos últimos 10 dias. O bombardeio nas primeiras horas desta sexta, teve como alvo um oficial sênior do Hezbollah. Como resultado, no sudeste de Beirute, onde fica uma importante avenida comercial, prédios ficaram completamente destruídos. O Líbano segue contra-atacando. O sistema de defesa israelense interceptou vários mísseis na manhã de hoje. A fumaça podia ser vista de longe após restos dos foguetes destruídos caírem próximos a prédios no norte da fronteira com Israel. O ministro de Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, em visita ao Líbano, afirmou que apoia um cessar-fogo desde que o acordo também passe a valer simultaneamente para a faixa de Gaza, e destacou que sua presença em Beirute é a prova de que o Irã está do lado do Líbano. O porta-voz das Nações Unidas, Stefani Dujarric, afirmou hoje que o secretário-geral da ONU está preocupado com o número de civis diretamente atingidos pela guerra. Ele disse que áreas densamente populosas têm sido atingidas diariamente pelos bombardeios de Israel, destacou ainda que o preço que os cidadãos estão pagando na campanha de Israel contra o Hezbollah é inaceitável.