Irlanda, Noruega e Espanha reconhecem o Estado da Palestina

Irlanda, Noruega e Espanha reconhecem o Estado da Palestina

Três países europeus anunciaram que vão reconhecer formalmente o Estado da Palestina. Em um gesto coordenado, Irlanda, Noruega e Espanha informaram que a medida passa a valer na próxima terça-feira (28). A Noruega foi a primeira a fazer o anúncio. O primeiro-ministro, Jonas Gahr Stoere, defendeu as fronteiras anteriores a 1967, com Jerusalém como capital compartilhada e a possibilidade de acordos para a troca de terras. Na Irlanda, o primeiro-ministro Simon Harris disse estar confiante de que outros países se juntarão nas próximas semanas. E se dirigindo aos israelenses, afirmou que a Irlanda condena o massacre bárbaro realizado pelo Hamas no dia 7 de outubro do ano passado. O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sanches, fez o anúncio no parlamento e foi aplaudido. Ele acusou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, de não ter um projeto de paz. “Lutar contra o grupo terrorista é legítimo, mas Netanyahu está criando tanta dor, destruição e rancor em Gaza e no restante da Palestina que a viabilidade da solução de dois Estados está em sério perigo”, disse ele. A reação de Israel foi imediata. Netanyahu afirmou que trata-se de uma recompensa para o terrorismo, que não trará paz e não impedirá a derrota do Hamas. O ministro das relações exteriores, Israel Katz, chamou de volta os embaixadores israelenses na Noruega, Irlanda e Espanha. E disse que convocaria os representantes diplomáticos dos países em Israel para assistirem a um vídeo divulgado hoje, de militares mulheres sendo agredidas e sequestradas pelo Hamas em 07 de outubro. Tanto o Hamas quanto a autoridade palestina elogiaram o anúncio dos europeus. O porta-voz do presidente palestino Mahmoud Abbas disse esperar que outros países sigam o exemplo, pois essa é a única maneira de alcançar paz e estabilidade. A maioria do mundo, incluindo o Brasil, já reconhece o Estado da Palestina. No início deste mês, 143 dos 193 membros da Assembleia Geral da ONU votaram nesse sentido. Já na Europa, com os anúncios de hoje, apenas 12 países apoiam a medida. O restante, assim como os Estados Unidos, defendem que o reconhecimento deve ocorrer após a solução do conflito entre as partes. *Com informações da Agência Reuters. 

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