Segundo alto funcionário americano, o objetivo dos EUA é dissuadir os iranianos de lançarem um ataque retaliatório contra Israel pelas mortes dos chefes dos grupos terroristas Hezbollah e Hamas, aliados do Irã. Ali Khamenei x Benjamin Netanyahu — Foto: Montagem g1/Reuters/AFP O Irã sofrerá consequências “catastróficas” caso lance um ataque de represália contra Israel, disse nesta sexta-feira (16) um alto funcionário dos Estados Unidos, que não foi identificado. “Queremos dissuadir os iranianos (…) de tomar este caminho porque as consequências seriam catastróficas, especialmente para o Irã”, declarou, advertindo para qualquer ação militar que possa “fazer descarrilar” as negociações delicadas sobre uma trégua em Gaza entre Israel e o grupo islamista palestino Hamas. Além disso, os EUA ordenaram o envio do porta-aviões USS Abraham Lincoln e do submarino nuclear USS Georgia para o Oriente Médio para reforçar as defesas de Israel. As mortes dos grupos aliados ao Irã enfureceram o país, que prometeu uma retaliação “rápida e pesada”. O aiatolá Ali Khamenei, líder supremo iraniano, teria ordenado um ataque direto a Israel, segundo o jornal “The New York Times”. Segundo um diplomata iraniano, “Israel cruzou todas as linhas vermelhas” com os assassinatos dos comandantes do Hezbollah e do Hamas. Há a expectativa que esse ataque retaliatório aconteça nos próximos dias. Autoridades do governo americano ouvidas pelo jornal “The Washington Post”, acreditam que desta vez o ataque do Irã possa ser “mais repentino, de maior escala e mais prolongado”, possivelmente durando vários dias em vez de várias horas. Uma guerra entre Israel e Irã poderia arrastar potências militares mundiais como os EUA, maiores aliados de Israel, e a Rússia, maior aliado dos iranianos. Porta-voz do Irã rejeita apelos para não atacar Israel