O ataque do Irã a Israel em retaliação ao assassinato do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerã, em 31 de julho, é iminente – de acordo com as ameaças das partes envolvidas, e com as palavras de muitos analistas geopolíticos. Vatican News “O regime sionista é a verdadeira causa da instabilidade na região, e a República Islâmica do Irã dará uma resposta decisiva a quem quer que esteja causando insegurança e instabilidade na região”, disse o ministro das Relações Exteriores de Teerã, Ali Bagheri Kani, em uma conversa telefônica com seu colega egípcio, Badr Abdelatty, de acordo com a agência de notícias oficial Irna. Além disso, segundo o The Wall Street Journal, autoridades estadunidenses afirmaram ter observado a movimentação de posições de lançadores de mísseis iranianos e a realização de exercícios militares desde o último fim de semana. E o chefe da força aérea do exército de Teerã, Ali Reza Sabahifard, anunciou a abertura de “um centro de última geração para guerra eletrônica no leste do país”. A tudo isso se somariam – ainda de acordo com fontes americanas – os equipamentos de defesa e os mísseis Iskander já enviados pela Rússia. No entanto, os esforços diplomáticos, especialmente do lado dos EUA, não param, a fim de evitar a retaliação ou, pelo menos, garantir que ela seja “mais branda” do que o esperado. Tanto que, segundo o The Washington Post, o Irã ainda pode reconsiderar seus planos depois que Washington enviou suas forças para a região e enviou mensagens a Teerã alertando sobre as graves consequências para o novo governo do presidente, Masoud Pezeshkian. Outro apelo para “evitar a escalada do conflito” no Oriente Médio veio do Secretário de Estado da Casa Branca, Antony Blinken, de Annapolis, Maryland. O presidente da Rússia, Vladimir Putin, também interveio para pedir ao líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, que respondesse de forma moderada, desaconselhando o ataque a civis israelenses, escreve a Reuters. Por outro lado, a ameaça também é forte do lado libanês. Prometendo um ataque de todo o chamado arco xiita, incluindo o grupo Houthi, o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, declarou que “esperar faz parte da punição, da resposta e da batalha que também é psicológica”. Enquanto isso, ontem, o Hezbollah lançou um “esquadrão de drones suicidas” que teve como alvo algumas posições da IDF no norte de Israel. Enquanto isso, as forças israelenses atingiram uma base militar perto da aldeia de Yaroun e a infraestrutura em Kfarkela, no sul do Líbano. Em Gaza, a guerra continua e, nas últimas horas, o exército israelense ordenou a evacuação dos bairros de Masheya e Sheikh Zayed, em Beit Hanoun, no norte da Faixa, pedindo aos moradores que se deslocassem para a Cidade de Gaza. Tenta-se também entender quais serão os efeitos, especialmente sobre as perspectivas de um cessar-fogo, da nomeação de Yahya Sinwar – o mentor do massacre de 7 de outubro – como chefe do escritório político do Hamas. Se para a facção islâmica essa é “uma forte mensagem de resistência” enviada a Israel, diz um funcionário do Hamas, a ascensão “do ultra-terrorista é mais uma razão válida para eliminá-lo rapidamente”, escreve o ministro israelense das Relações Exteriores, Israel Katz, na sua conta X. Certamente, disse Blinken, também cabe a ele “decidir se vai prosseguir com uma trégua”. Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui e se inscreva no nosso canal do WhatsApp acessando aqui
Irã se prepara para retaliação contra Israel: continuam os esforços diplomáticos
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