A organização aponta que a média do 13 salário deve ser de R$ 3.819,91 no Brasil e R$ 4.344,86 no Estado de São Paulo para a categoria de trabalhadores assalariados, inclusive empregados domésticos com carteira assinada, que representam 61,7% dos brasileiros que recebem o 13º na categoria “trabalhadores ativos”. No cálculo, não foram considerados os beneficiários da Previdência Social e aposentados e beneficiários de pensão da união, estado e municípios. Esses representam 37,1% do total de indivíduos que também receberão o 13º, mas não são considerados trabalhadores ativos do mercado formal. O levantamento aponta que na região, até outubro, havia 482.668 pessoas empregadas, segundo o Ministério do Trabalho. Distribuição por setor De acordo com o estudo, a maior parcela dos recursos a serem distribuídos na região será para os setores de serviços e indústria, somando 80,6% do total. Veja no gráfico abaixo: Em valores absolutos, a divisão é a seguinte: Serviços: R$ 815,2 milhõesIndústria: R$ 822,3 milhõesComércio: R$ 296,2 milhõesConstrução civil: R$ 57,4 milhõesAgropecuária: R$ 41,5 milhões Os pesquisadores destacam que, na região, a participação da indústria (40,5%) na injeção do 13º é pelo menos duas vezes maior do que no Brasil e no Estado de São Paulo, devido à sua participação mais elevada na geração de empregos formais. Distribuição por cidades Piracicaba, Limeira, Rio Claro e Araras, as cidades mais populosas da RMP, concentram a maior parcela dos recursos a serem distribuídos, representando 72,6% do total. Veja na tabela: “As cidades com maior participação dos setores de serviços e da indústria tendem a gerar maiores volumes de recursos advindos do 13º, já que são aqueles que pagam salários médios maiores, como mostra a pesquisa do Dieese”, destaca o estudo, assinado pela professora Cristiane Feltre, da Escola de Negócios da PUC-Campinas, e Eliana Tadeu Terci e Carlos Eduardo de Freitas Vian, do departamento de Economia, Administração e Sociologia da Esalq/USP. Destinos do dinheiro Os autores observam que os dados não permitem identificar os locais de residência ou gasto do 13º pelos trabalhadores. No entanto, eles destacam a importância do recurso para os trabalhadores e a economia. “O pagamento do 13º, seja para trabalhadores ativos ou não, tem o potencial de estimular a economia regional, especialmente os setores de serviços e comércio que atendem diretamente o consumidor final”, explicam os acadêmicos. Eles acrescentam que uma parcela também deve ser usada para pagamento de impostos e taxas que devem incidir sobre a população a partir de janeiro, como IPVA, IPTU e matrículas escolares. “Ainda espera-se, também, que uma outra parcela possa ser gasta em municípios de destino turístico, não necessariamente localizados na região”, complementam. Os professores ainda destacam que, para quem tem dívidas, é “altamente recomendável” que se priorize o uso do 13º para acertos de contas. VÍDEOS: Tudo sobre Piracicaba e região
Indústria e serviços lideram injeção de recursos do 13º salário na Região Metropolitana de Piracicaba
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