Dados do Caged mostram geração de vagas com carteira assinada na cidade que, embora em volume menor que o registrado em 2023, é avaliado como positivo pela economista da PUC, sobretudo quando analisada a remuneração média na indústria. Carteira de trabalho — Foto: Geraldo Bubniak/AEN Campinas (SP) criou 1.659 novos postos de trabalho com carteira assinada em agosto, segundo dados do Cadastro Geral de Empregos e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, divulgados nesta sexta-feira (27). O volume é 19,8% menor que o registrado no mesmo período do ano anterior, quando o saldo do mês foi de 2.071 postos criados. No entanto, a avaliação dos números é positiva, segundo a economista Eliane Navarro Rosandiski, do Observatório PUC-Campinas. De acordo com a professora, a geração de vagas na indústria (237), que em 2023 perdeu postos de trabalho no mesmo período, mostra um crescimento sustentado de um setor com grande impacto na renda do trabalhador. A remuneração média nas vagas criadas na indústria é de R$ 2,7 mil, contra R$ 2,4 mil do salário médio pago em outros setores na Região Metropolitana de Campinas (RMC). “Quando a gente olha para o cenário como um todo, é uma baita contratação na indústria, principamente se comparado com o ano anterior”, destaca Eliane. Assim como em agosto de 2023, o setor de serviços é o que lidera em números absolutos a geração de postos de trabalho formal. Foram 1.021 novas vagas, com destaque para as contratações em educação (298), uma questão sazonal, e também em atividades administrativas e complementares (233), que incluem locação de mão de obra e serviços terceirizados para edifícios. Entre os grandes setores mapeados pelo Caged, o comércio (253) também aparece com saldo relevante entre novas vagas. “O comércio tem dando uma alavancada boa. Se o comércio está contratando, é porque lá na ponta está esperando vender. Os números do mercado de trabalho vieram bons, dentro do esperado”, avaliou a professora. VÍDEOS: Tudo sobre Campinas e região