O prefeito do Dicastério para as Igrejas Orientais, cardeal Claudio Gugerotti, presidente da Reunião das Obras de Ajuda às Igrejas Orientais (Roaco) presidiu a missa inaugural da 97ª assembleia plenária do organismo, em andamento em Roma. Em sua homilia, o convite a um estilo caritativo humilde e cheio de fé, bem como a advertência para estar atentos aos governos e instituições públicas que fazem doações para seu próprio benefício. Isabella Piro – Vatican News A lógica da “ajuda cristã” deve ser a da “porta estreita” que conduz à vida: foi o que recordou o prefeito do Dicastério para as Igrejas Orientais, cardeal Claudio Gugerotti, presidente da Reunião das Obras de Ajuda às Igrejas Orientais (Roaco), ao presidir na manhã de terça-feira, 25 de junho, a celebração eucarística inaugural da 97ª assembleia plenária do organismo que coordena as agências caritativas católicas no Oriente cristão. A reunião está sendo realizada, em Roma, na Cúria Geral da Companhia de Jesus, até quinta-feira, 27 de junho. Oração pela paz Durante a celebração, foram lembrados os benfeitores vivos e falecidos e se rezou pela paz, confiando ao Senhor e à intercessão da Santa Mãe de Deus os países que sofrem com a guerra e a realização das sessões previstas na agenda. O estilo da caridade Comentando o Evangelho do dia, o cardeal Gugerotti sublinhou que, para o cristão, o estilo da caridade deve ser “um estilo humilde, um estilo cheio de fé, um estilo que quer doar aos outros o que gostaríamos de receber do outro”. Em termos concretos, acrescentou o purpurado, isto significa que não só é preciso “ir até os mais pobres entre os pobres”, mas também é preciso “descobri-los, encontrá-los”, não limitando-se apenas em entrar em contato com amigos e conhecidos. O presidente da Roaco manifestou o seu apreço pela “vida de sacrifício e abnegação” que levam os agentes da caridade, que vão também a “países muito perigosos, a pessoas que vivem em condições terríveis”. O Senhor não esquecerá o que vocês fazem por Ele”, garantiu o celebrante. Também central na homilia foi o apelo a fazer o bem ao próximo porque “somos irmãos e irmãs e não ricos e pobres”. Não olhar para papéis institucionais, mas colocar-se a serviço dos outros “Somos diáconos, somos servidores, somos seguidores de Cristo crucificado”, acrescentou Gugerotti, “e este deve ser o padrão da nossa missão”. Daí a advertência para não nos determos tanto nos papéis institucionais, mas olharmos para o Espírito Santo, porque “o modo como escolhemos servir na Igreja e no mundo é uma vocação”. Depois, alertando em relação a governos e instituições públicas que fazem doações em benefício próprio, o cardeal exortou a seguir o modelo de Maria que, não obstante estivesse grávida, foi visitar a sua prima Isabel, que também estava grávida. Um percurso que certamente “não foi fácil”, mas realizado com “grande generosidade”, a mesma que os membros da Roaco são chamados a demonstrar no mundo, porque a felicidade, concluiu o cardeal, está contida na invocação do Espírito Santo para que “nos inspire ações que não só sejam compatíveis com o Evangelho do Senhor, mas também uma expressão dele”. Amanhã a audiência com o Papa Depois das sessões de trabalho dedicadas em particular à Terra Santa, à Ucrânia, à Etiópia e à região de Karabakh, a plenária da Roaco continua nesta quarta-feira, 26 de junho, com um dia dedicado à pastoral dos católicos orientais residentes fora do territorium proprium. Por fim, a audiência com o Papa Francisco está marcada para a quinta-feira, 27 de junho, pela manhã. Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui e se inscreva no nosso canal do WhatsApp acessando aqui