O g1 Campinas transmite ao vivo, nesta segunda-feira (24), o fórum “Entre o fato e o fake: os desafios da informação nas eleições”. A iniciativa, em parceria com a EPTV, afiliada da TV Globo, e a Unicamp, é o resultado da união de esforços no combate à desinformação no processo eleitoral de 2024. 🖱️ A transmissão começa às 13h30, diretamente na página do g1, com a palestra do juiz, representante do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo, especialista em direito digital e eleitoral e e autor de livros sobre fake news e desinformação, Diogo Rais. “Desinformação não é um problema de uma pessoa ou um problema dos outros, é um problema de todo mundo. Se a gente não se unir e ir trazendo expertises em frentes diferentes, jamais vamos vencer esse enorme desafio”, destaca Rais. Também participam do evento: Claudia Wanderley, Josianne Cerasoli e Ewerton Machado, pesquisadores da Unicamp e membros do Observatório da Desinformação da universidade; Ricardo Gallo, coordenador nacional do Fato ou Fake do g1; e Lana Torres, gerente de jornalismo do g1 na área de cobertura da EPTV. O objetivo do encontro é criar um diálogo entre imprensa, academia, Justiça e eleitores para discutir formas de reduzir os danos da rede de desinformação que pode se intensificar no período eleitoral. Horários ⌚ 13h: palestra com Diogo Rais15h: mesa redonda “Cinco olhares sobre desinformação” com Claudia Wanderley, Josianne Cesaroli e Ewerton Machado, da Unicamp, e Lana Torres e Ricardo Gallo, do g1. Força-tarefa contra desinformação ❌ Para Rais, é preciso entender que nem sempre a desinformação está atrelada somente a uma mentira. “Muitas vezes ela é feita com a verdade descontextualizada, por isso eu tenho pensado muito mais na ideia de conteúdo enganoso do que exclusivamente no dilema entre verdade e mentira”, diz. “No direito eleitoral, temos uma segmentação muito relevante para fins de repressão da desinformação contra a integridade eleitoral, ou seja, aquela que volta contra o sistema eleitoral. No nosso caso, as urnas eletrônicas, mas não somente elas. A apuração, toda a Justiça Eleitoral responsável por fazer as eleições e a desinformação genérica ou geral entre candidatos”, explica. A repressão à desinformação conta com um “verdadeiro exército” nas eleições, segundo o jurista. “Estamos falando de mais de 400 mil mesários para a atuação nas eleições e quase 4 mil servidores aqui, no Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo, com mais de 46 mil no apoio logístico e 600 estagiários”. “É esse o desafio que uma das maiores eleições do mundo acaba enfrentando. E aqui em São Paulo, nós temos mais de 34 milhões de eleitores que vão às unidades e dependem dessa atividade, para que a gente tenha cada vez mais garantido o exercício de direito de voto e a democracia”, pontua. EPTV, Unicamp e g1 discutem formas de combater a desinformação nas eleições Fato ou Fake Participam da apuração equipes de g1, O Globo, Extra, Época, Valor, CBN, GloboNews e TV Globo. Jornalistas fazem um monitoramento diário para identificar mensagens suspeitas muito compartilhadas nas redes sociais e por aplicativos de mensagens como o WhatsApp. Ao juntar forças entre as diversas redações, tem sido possível verificar com mais qualidade – e mais rápido. Um dos maiores exemplos do trabalho em equipe do Fato ou Fake acontece durante as eleições. É feita uma força-tarefa para acompanhar entrevistas, sabatinas, compromissos de campanha e postagens em redes sociais e para checar as declarações dos principais candidatos. A partir da cobertura das eleições 2024, as equipes regionais da área de cobertura de Campinas, Ribeirão Preto, São Carlos, Piracicaba e Sul de Minas passarão a fazer verificações de boatos regionais seguindo a metodologia Fato ou Fake. Para isso, jornalistas da EPTV passarão por treinamento com a equipe nacional que fará a supervisão das checagens. VÍDEOS: tudo sobre Campinas e região