Dos 60, 30 corpos já foram liberados para as famílias. A maioria foi identificada por coleta de digitais e reconhecimento por DNA. Imagem aérea mostra trabalho nesta quarta-feira (14) nos destroços do avião da Voepass que caiu em Vinhedo (SP) e matou as 62 pessoas a bordo na última sexta (9) — Foto: Reprodução/EPTV Mais de 40 médicos, equipes de odontologia legal, antropologia e radiologia trabalham na identificação dos corpos das vítimas do acidente aéreo, com apoio de equipes do Instituto de Identificação Ricardo Gumbleton Daunt (IIRGD). Os peritos da Polícia Federal também participaram do processo de identificação, além da perícia do local. A retirada de corpos foi realizada por peritos do Instituto de Criminalística e do IML, com apoio do Corpo de Bombeiros. Os destroços da aeronave estão sendo reunidos e levados para a sede da empresa, em Ribeirão Preto, no interior do estado. A Voepass informou que vai armazenar o material até que todas as famílias sejam indenizadas. 42 corpos já foram identificados pelo IML da capital Os nomes dos mortos identificados não foram divulgados pelo IML. Segundo o g1 apurou, entre as vítimas 30 liberadas para suas famílias estão: DANILO SANTOS ROMANO, de 35 anos (piloto do avião da Voepass; morava em São Paulo e trabalhava na companhia aérea desde 2022);DANIELA SCHULZ FODRA (fisiculturista e mulher do passageiro Hiales Carpine Fodra; morava em Naviraí, Mato Grosso do Sul);HIALES CARPINE FODRA, de 33 anos (policial rodoviário federal e marido de Daniela Schultz Fodra; nascido em Moreira Sales, Paraná, morava em Naviraí, Mato Grosso do Sul);HUMBERTO DE CAMPOS ALENCAR E SILVA, de 61 anos (copiloto do avião da Voepass);JOSÉ CARLOS COPETTI, de 45 anos (gerente de logística, morava em Jacareí, no interior de São Paulo). Ele foi velado e será cremado em São José dos Campos, interior de São Paulo;PEDRO GABRIEL GUSSON DO NASCIMENTO, de 26 anos (analista de pesquisa de mercado, morador de Bom Jesus dos Perdões, SP). Ele será velado e enterrado em Atibaia, no interior paulista;RAFAEL FERNANDO DOS SANTOS, de 41 anos (programador e pai da menina Liz Ibba dos Santos, de 3 anos; morava em Florianópolis);TIAGO AZEVEDO BILER, de 40 anos (engenheiro de produção estava em Cascavel a trabalho);ANTONIO DEOCLIDES ZINI JUNIOR, de 40 anos, e KHARINE GAVLIK PESSOA ZINI (ele era ex-goleiro de futsal e a esposa, fisioterapeuta; o casal era de Cascavel);JOSÉ CLOVES ARRUDA, de 76 anos, e MARIA AUXILIADORA VAZ ARRUDA, de 74 anos, (ambos aposentados, eram de Guaratinguetá, no interior paulista; tinham ido visitar a filha no Paraná). Familiares das vítimas identificadas já providenciaram os trâmites para as cerimônias de despedida delas em suas cidades. As identificações dos mortos foram feitas por reconhecimento de digitais e outros meios, como radiografias, exames odontológicos de arcadas dentárias, tatuagens etc. O IML aguarda documentos pessoais das vítimas não identificadas para fazer a liberação desses corpos para seus parentes. José Carlos Copetti, de Jacareí, estava no avião que caiu em Vinhedo — Foto: Arquivo pessoal O voo 2283 da Voepass ia de Cascavel, no Paraná, para Guarulhos, na Grande São Paulo. Todas as pessoas que estavam nele morreram. A Aeronáutica apura as causas da queda da aeronave que atingiu duas residências no Condomínio Recanto Florido, no bairro Capela. Não há registro de vítimas entre moradores ou de quem estava no solo. A Polícia Federal e a Polícia Civil também investigam separadamente as causas e responsabilidades pelo acidente. O Ministério Público (MP) acompanha as investigações. A companhia aérea afirmou em nota que o avião que caiu estava apto a voar e sem restrições. Segundo especialistas ouvidos pela reportagem que viram vídeos do momento em que o avião caiu, entre as hipóteses para explicar o acidente está a possibilidade de que as asas da aeronave tenham ficado cobertas por gelo durante o voo, causando instabilidade e a queda. De acordo com Humberto Alves Barbosa, professor da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e coordenador do Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (Lapis), no dia do acidente as temperaturas nas nuvens na região por onde a aeronave passou estavam em torno de -42º C. “Isso tráz muita instabilidade do ponto de vista meteorológico pra qualquer aeronave dentro dessa situação”, falou o professor à TV Globo. Avião que caiu em Vinhedo, SP, ficou destruído — Foto: Arquivo pessoal