LÍbano: Uma nova onda de explosões sacudiu o Líbano nesta quarta-feira, um dia depois de doze pessoas morrerem e mais de duas mil e oitocentas ficarem feridas, após a detonação de pagers usados por integrantes do Hezbollah. Dessa vez, walkie-talkies – rádios de comunicação – usados pelo grupo explodiram repentinamente, matando até agora 14 pessoas e ferindo ao menos quatrocentas e cinquenta. Pelo menos um dos dispositivos foi detonado durante um funeral para as vítimas do dia anterior. As explosões provocaram uma nova corrida aos hospitais, já sobrecarregados com os feridos dos ataques dessa terça-feira. A suspeita é que o Mossad, o serviço secreto de Israel, adulterou os aparelhos antes que fossem entregues pelo fornecedor ao grupo militante libanês. Israel não comentou os ataques, mas hoje o ministro da Defesa do país, Yoav Gallant, afirmou que a guerra está no início de uma nova fase, com o foco se movendo para o norte, em referência à fronteira com o Líbano. Já o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, prometeu retornar os moradores da região para suas casas. Cerca de sessenta mil pessoas foram evacuadas desde o aumento das hostilidades com o Hezbollah. Líderes mundiais condenaram as explosões. O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, criticou o uso de objetos civis como arma, o elevado número de vítimas e falou em risco de uma escalada dramática do conflito. Estados Unidos: Em Nova York, a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou, hoje, uma resolução que exige que Israel encerre a presença ilegal nos territórios palestinos ocupados dentro de doze meses. O texto reflete o entendimento da Corte Internacional de Justiça, isola ainda mais Israel dias antes da principal reunião anual da ONU, mas tem apenas efeito simbólico. Portugal: Em Portugal, brigadistas e a população continuam a lutar contra os incêndios florestais. Desde sábado, pelo menos sete pessoas morreram, incluindo três bombeiros. Os distritos de Aveiro e Viseu, nas regiões Central e Norte do país, são os mais atingidos. Dezenas de casas e mais de noventa mil hectares de vegetação foram destruídos. Desde janeiro, a área queimada é a maior em sete anos. Países como Espanha, Marrocos, Itália e França enviaram ajuda. Mundo: A Organização Meteorológica Mundial emitiu, hoje, um alerta vermelho para o aumento da temperatura da Terra. A entidade afirmou que, caso os governos não impulsionem medidas de combate à crise climática, a probabilidade de o mundo registrar um aquecimento de três graus Celsius antes do fim do século é de 75%. Depois dos recordes de calor no ano passado, os dados mostram que os primeiros oito meses de 2024 foram os mais quentes já registrados. *Com informações da Agência Heuters