Segundo o “New York Times”, o doutor Kevin Cannard, um neurologista especializado em distúrbios motores do Centro Médico Militar Nacional Walter Reed, fez visitas à Casa Branca entre julho de 2023 e março de 2024. Em uma delas, o especialista ele se reuniu com o médico pessoal de Biden, Kevin O’Connor, em meados de janeiro. A porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, negou que Biden tenha Parkinson e disse que o presidente não está sendo tratado para a doença. “O presidente foi tratado para Parkinson? Não. Ele está sendo tratado para Parkinson? Não, ele não está. Ele está tomando medicação para Parkinson? Não,” disse Karine Jean-Pierre em coletiva nesta segunda (8). Jean-Pierre recusou-se a confirmar ou falar sobre as visitas de Cannard à Casa Branca e disse que Biden consultou um neurologista três vezes durante seu mandato no contexto de seus exames físicos anuais. Ela afirmou ainda que o médico pessoal de Biden não vê razão para o reavaliar para a doença de Parkinson. Ela não explicou a presença do médico na Casa Branca, mas sugeriu que poderia estar relacionada ao tratamento de alguns dos militares que trabalham no complexo. Ainda não se sabe se as visitas do especialista em Parkinson à Casa Branca foram para examinar Biden ou se aconteceram por outras razões. Também não se sabe se ele teria voltado lá outras vezes entre março e julho, porque registros mais recentes de visitantes da Casa Branca não foram divulgados pelo governo americano até o momento. Kevin Cannard diz em seu perfil do Linkedin que “apoia a Unidade Médica da Casa Branca” por mais de 12 anos. Em sua biografia no Doximity, um site para profissionais de saúde, ele aparece como “consultor de neurologia para a Unidade Médica da Casa Branca e médico do presidente” de 2012 a 2022, o que incluiria os mandatos de Barack Obama e Donald Trump –Biden foi vice-presidente de Obama. Carta de Biden a deputados democratas Em carta, Biden pede que democratas deixem de pedir por sua desistência Em uma carta enviada nesta segunda-feira (8) a deputados, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, confrontou membros de seu partido e recusou novamente o pedido de democratas para que desista de concorrer à reeleição. No documento, de duas páginas, Biden também pediu que os deputados deixem de pressionar por sua desistência. “É hora de acabar com isso”, disse Biden no documento. “Temos 42 dias para a Convenção Democrata e 119 dias para as eleições gerais”, disse Biden na carta, distribuída por sua campanha de reeleição. “Qualquer enfraquecimento da determinação ou falta de clareza sobre a tarefa que temos pela frente só ajuda Trump e nos prejudica. É hora de nos unirmos, avançarmos como um partido unificado e derrotar Donald Trump.” No documento, ainda de acordo com a AP, o presidente norte-americano disse ainda que os membros do Partido Democrata têm o dever de derrotar o candidato do Partido Republicano, o ex-presidente Donald Trump. Tom agressivo em entrevista Em 1ª entrevista à tb após debate, Biden diz que só Deus o tira da disputa Também nesta segunda, o presidente deu uma entrevista à rede de TV norte-americana NBC na qual criticou democratas que pediram sua desistência. Ele disse estar ficando “frustrado com as elites no Partido Democrata” e desafiou deputados que pedem sua desistência a enfrentá-lo na convenção da sigla, que ocorrerá em agosto. É na convenção do partido que o presidente será formalmente confirmado como candidato democrata. “Não me importa o que esses grandes nomes (do partido) pensam”, disse Biden.
Especialista em Parkinson visitou a Casa Branca oito vezes em oito meses, diz jornal
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