Três países europeus confirmaram nesta terça-feira (28) o reconhecimento oficial do Estado Palestino. O presidente espanhol, Pedro Sánchez, comunicou a sua decisão oficialmente ao parlamento e argumentou que partilha as razões com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen; o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel; e o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres. Sánchez destacou que a existência de dois Estados – israelita e palestino – seria a única solução para o conflito em Gaza. “O reconhecimento do Estado Palestino é uma decisão que não é adotada contra ninguém, menos ainda, contra Israel, que é um povo amigo, que respeitamos e apreciamos. E com quem queremos ter a melhor relação possível. Além disso, essa decisão reflete o rechaço total e absoluto ao Hamas, que é contrário à solução dos dois Estados”. Também nesta terça-feira, a Irlanda reconheceu formalmente a Palestina como um Estado soberano, independente; e concordou em estabelecer relações diplomáticas plenas entre Dublin e Ramallah. O primeiro-ministro Simon Harris defendeu no parlamento a possibilidade de uma mudança na posição de outros países. “O meu envolvimento dentro da União Europeia, nas ações que a Irlanda, a Espanha, a Noruega tomaram hoje. Isso terá um efeito positivo que vai além do nosso próprio reconhecimento. Há mais estados membros na União Europeia que estão considerando fazer o mesmo, vários indicaram publicamente o desejo de fazer o mesmo. Nas próximas semanas, é possível chegar ao ponto, neste ano, em que a maioria dos estados membros da União Europeia reconheçam o Estado da Palestina”. No último domingo, o ministro Norueguês de Assuntos Estrangeiros, Espen Barth Eide, entregou o reconhecimento formal ao Primeiro-Ministro palestino, Mohammad Mustafa, em Bruxelas. Durante reuniões, Mustafa apresentou os planos para reformar e fortalecer a Autoridade Palestina na Cisjordânia e em Gaza, assim que houver um cessar fogo. Com as declarações dos três países, agora, 146 países reconhecem a Palestina como um Estado; e a maioria votou, recentemente, a favor da sua entrada como membro com plenos direitos na ONU. Os Estados Unidos é o único país no Conselho de Segurança que ainda veta o reconhecimento oficial da Palestina. Nessa segunda-feira, a agência da ONU para refugiados calculou que 1 milhão de pessoas já fugiram da ofensiva israelense na cidade de Rafah, desde o início deste mês.
Espanha, Irlanda e Noruega reconheceram a Palestina como Estado
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