A escola é um campo amplo para a diversidade – e também para a formação da sua aceitação. A escola estadual Narciso da Silva César, em Araraquara (SP) deu aula de como ensinar as crianças a entenderem as características de cada um e a respeitá-las, fazendo um trabalho de conscientização em uma sala que recebeu uma aluna de 9 anos com vitiligo. A doença é caracterizada pela perda da coloração da pele e atinge 1 milhão de brasileiros, segundo o Ministério da Saúde. Nesta terça-feira (25), Dia Internacional do Vitiligo, conheça abaixo a história de de Liz Helena Carvajal Rocha, de 9 anos. A pequena Liz Helena Carvajal Rocha de 9 anos diz que suas manchas a tornam uma pessoa única — Foto: Reprodução EPTV Liz começou a ter as primeiras manchas aos três anos. Após algum tempo que seus pais ficaram pagando tratamentos e medicamentos, a menina disse que aceitava sua condição. “É muito legal porque quando alguém fala ‘você conhece a Liz?’ Daí a pessoas responde: ‘É óbvio que sim!’ porque todo mundo conhece as minhas manchinhas”, disse a menina. Ela entrou na escola assim que as aulas voltaram a ser presenciais, após a pandemia de Covid-19. E, além de se acostumar com a novidade da nova escola, teve que lidar com o fato de ser novidade para os colegas. Foi então que a escola tomou a iniciativa de debater o assunto. Para isso usaram um livro infantil sobre o assunto e até fizeram uma palestra virtual com a autora. Alunos da E.E. Narciso da Silva César tiveram palestra após receber aluna com vitiligo — Foto: Reprodução EPTV “A prevenção do bullying é sempre muito importante para que as crianças se sintam acolhidas dentro da escola e esse é o papel da escola: a formação, a educação e o acolhimento”, afirmou a diretora Tatiana Somenzari. Mas se mesmo com toda informação que foi disseminada, alguém comenta sobre as manchinhas de Liz de um jeito chato, ela nem liga. “Não importa o jeito que ele pensa que eu sou. Eu sou única e sou feliz do meu jeito.” O que é o vitiligo? Vitiligo é caracterizada por problemas na produção da melanina — Foto: Jenyffer Previtalli O vitiligo é caracterizado pela perda da coloração da pele, com diminuição ou falta de melanina, pigmento que dá cor à pele. As manchas formam-se devido à diminuição ou ausência de melanócitos, que são as células responsáveis pela formação da melanina, o pigmento que dá cor à pele. A maioria dos pacientes de vitiligo não manifesta qualquer sintoma além do surgimento de manchas brancas na pele, mas em alguns casos, há relatos de sensibilidade e dor na área afetada. O vitiligo não é contagioso. O seu maior perigo é o preconceito contra quem tem. As causas da doença ainda não estão totalmente estabelecidas, mas é consenso que a condição emocional influencia. Não há cura para o vitiligo. O tratamento visa diminuir e evitar o avanço das manchas e é feito com medicações tópicas, principalmente corticosteróides, e alguns derivados da vitamina D. Quando o vitiligo é muito extenso, há terapias com o uso de corticoides e fototerapia. Veja os vídeos da EPTV Central
Escola usa livro e faz palestra para inclusão de aluna com vitiligo: ‘sou única e feliz do meu jeito’
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