A esclerose múltipla afeta o sistema nervoso ao causar lesões e inflamações nos nervos. O medicamento em falta, chamado fingolimode, atua na redução da atividade do sistema imunológico responsável pelo dano aos nervos. Como o medicamento é caro, o que o torna inacessível para a maioria das família, o recurso é a retirada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) nas farmácias de alto custo. “Vamos supor que a gente tenha um paciente com diagnóstico de esclerose múltipla que já começou a usar o medicamento e está há algum tempo com ele e está bem adaptado (…) A interrupção deste tratamento pode aumento o risco de surtos”, explicou o neurologista Alexandre Motta Mecé. Remédio de Esclerose múltipla em falta na Farmácia de Alto Custo de Campinas — Foto: Reprodução/EPTV O neurologista aponta que as sequelas evitáveis com o tratamento podem ocorrer com a interrupção e que, apesar de em alguns casos o medicamento ser substituível, isso depende de novos exames. Dentre os sintomas da doença listados pelo neurologista estão alteração da visão, formigamentos ou perda a sensibilidade, tontura, vertigem e alteração de força. Mas, afinal, de quem é a culpa?🚨 O fingolimode é um medicamento comprado exclusivamente pelo Ministério da Saúde e a pasta repassa às secretarias estaduais de Saúde para distribuição nas farmácias. Segundo o ministério, toda demanda solicitada pela Secretaria de Saúde do estado de São Paulo para atendimento no trimestre de abril a junho) foi entregue em 6 de março e 13 de maio. Apesar do comunicado do ministério, a Secretaria Estadual de Saúde afirma que o medicamento está em falta desde 30 de abril e que cabe ao órgão federal o envio das remessas. VÍDEOS: saiba tudo sobre Campinas e Região