Foto usada no último post feito pelo fotógrafo de Araras — Foto: Reprodução/Facebook A erisipela bolhosa é uma forma mais grave da erisipela e causa feridas e bolhas que, em casos mais sérios, pode se estender por grandes espaços de pele. Esse tipo de erisipela afeta camadas mais profundas da pele, podendo, em alguns casos, provocar complicações e afetar a camada gordurosa ou até os músculos e causar acúmulo de pus, necrose da pele ou atingir a circulação sanguínea, provocando infecção generalizada. A doença é causada por bactérias, principalmente a estreptococcos B-hemolíticos do grupo A e, em menor frequência a Staphylococcus aureus, que penetram na pele através de lesões na pele ou micoses. De acordo com o dermatologista Moyses Lemos, presidente do 6º distrito dermatológico da Sociedade Brasileira de Dermatologia Regional São Paulo, o problema é recorrente nos consultórios dermatológicos. “A infecção é mais comum em pessoas com fatores de risco como, por exemplo, quem tem diabetes e tem mais facilidade de pegar essas bactérias, ou pessoas obesas com a possibilidade de aumentar a pressão venosa e formar o eczema, que é uma coceira que causa lesão na perna que se torna uma porta de entrada para bactéria”, exlica o médico. Fotógrafo de Araras ficou com as pernas comprometidas por conta de erisipela bolhosa — Foto: Reprodução/Facebook Geralmente a doença atinge os membros inferiores, mas pode migrar para outras partes do corpo, como costas e até se espalhar de forma generalizada, causando septicemia, que pode levar à morte. Os principais sintomas da erisipela bolhosa são: Feridas extensas na pele, inflamadas e dolorosas;Bolhas com líquido transparente, amarelo ou amarronzado;Dor, vermelhidão e inchaço da pele afetada;Calor no local;Escurecimento da região afetada;Febre, nos casos mais graves. Tratamento Fotógrafo de Araras que morreu usava curativo nas pernas — Foto: Reprodução/Facebook O diagnóstico da erisipela bolhosa é feita no consultório médico. Já o tratamento é feito em várias frentes. “Em primeiro lugar, o eu uso de antibióticos específicos para as bactérias e tratamentos para as doenças de base que levaram a pessoa a ter a erisipela e para os problemas que são decorrentes da infecção erisipela, que pode ser uma desidratação causada pela febre, por exemplo”, afirma o dr. Lemos. De acordo com o médico, a doença pode ser eliminada, mas dependendo das condições de saúde do paciente, ela pode se tornar um problema para a vida toda. “Se a pessoa é saudável e, digamos, foi à praia, fez um corte no coral e teve uma erisipela e não tem uma doença de base, ela vai tratar e vai curar. Agora, se é uma pessoa que é diabética, é obesa e começa a ter feridas na pele por causa da pressão venosa, de problema de varizes, vai ter que tratar a causa de base. Mas se a causa de base não for possível de ser tratada, a pessoa vai ter que tomar cuidado toda a vida e, eventualmente, até tomar remédios profiláticos para não ter o que a gente chama de erisipela de repetição.” Veja os vídeos da EPTV Central