Leandro Tessler, professor de física da Unicamp, explica que esses choques não oferecem nenhum risco, mas explica que a baixa umidade do ar, como a que perdura pela Região de Campinas (SP), é um fator que aumenta a probabilidade deles acontecerem. ⚡ Entenda abaixo qual é a relação dos choques estáticos com o clima seco, como eles acontecem e como evitá-los. Rafaella Sella, analista de marketing, percebeu tem sentido muitos choques estáticos com o clima seco. — Foto: Reproduçao/EPTV Na porta do carro, na esteira, ao ligar chuveiros, ou até mesmo pegando cadeiras. Rafaela Sella, analista de marketing de Americana (SP), conta que os choques estáticos sempre fizeram parte do seu dia a dia. Entretanto, com a baixíssima umidade relativa do ar de região nos últimos dias, ela percebeu que as descargas elétricas aumentaram. “Tem sido um pouco difícil. Eu pensei até que fosse estresse”, explica a analista. 🆘 A umidade relativa do ar (URA) em Campinas (SP) chegou a 14% na terça (20), a segunda menor desde maio – em 20 de julho, a cidade chegou a 13,4%. De acordo com dados da Defesa Civil, desde maio, a metrópole apresentou índice acima dos 60%, considerado ideal para a Organização Mundial de Saúde (OMS), apenas sete vezes. Além dos problemas respiratórios decorrentes do ar seco e da falta de chuvas, a possibilidade de tomar um choque também aumenta. Mas, por que isso acontece? 🤔 Leandro Tessler, professor de física da Unicamp, explica sobre o choque estático — Foto: Reprodução/EPTV 🔬 A física explica! Arrepiando os pelos do corpo ou até mesmo fazendo um barulho. Basicamente, os choques estáticos acontecem devido um atrito do corpo humano com outro objeto, fazendo com que o corpo libere uma eletricidade. 🔎🎈 Para entender melhor, Leandro Tessler propôs um experimento para ser feito com uma bexiga e de uma folha de papel. Esfregue uma bexiga em uma folha de papel. Depois, fixe os dois objetos.Ao fazer isso, vai perceber que o balão vai ficar “colado” na folha. Isso acontece por conta eletricidade liberada pelos objetos. Leandro Tessler explica que isso só é possível em lugares com o clima seco, e que em regiões úmidas, o balão não ficaria ligado ao papel. “A carga negativa e a carga positiva se atraem, e ele fica fixa. Isso só acontece em clima seco. Se a gente estiver em uma cidade muito úmida, ela [a bexiga] nunca vai colar na minha mão. O potencial que se forma vai se dissipar através do ar”, explica o professor. Tanto o experimento da bexiga, quanto nos choques do nosso corpo, acontecem porque há uma passagem de elétrons, em dois objetos, de cargas diferentes. E como no tempo seco, o corpo libera mais eletricidade, esse “choque pela diferença” fica mais comum. 🤔 É perigoso? Apesar de ser desconfortável, esse tipo de descarga não traz nenhum risco, como os choques em tomadas, redes elétricas e raios. Isso porque a carga liberada não é alta suficiente para gerar qualquer estrago. “A única consequência é o susto que a gente leva. Mas, o fenômeno não é diferente do que a gente leva quando cai um raio, mas no raio carga é muito grande. [O choque estático] tem uma faísquinha”, explica Leandro. VÍDEOS: Tudo sobre Campinas e Região