O America PAC (comitê de ação política, em inglês), que se concentra em mobilizar eleitores em estados disputados que podem decidir a disputa contra a democrata Kamala Harris, gastou cerca de US$ 72 milhões do montante doado pelo bilionário no período de julho a setembro, de acordo com as divulgações apresentadas à Comissão Eleitoral Federal. Segundo a agência, o valor doado pelo bilionário é maior do que qualquer outro pró-Trump focado em mobilização de eleitores. A campanha do republicano depende amplamente de grupos externos para a abordagem de eleitores, o que significa que o super PAC fundado por Musk desempenha um papel desproporcional na eleição acirrada, informou a Reuters. Musk, CEO da fabricante de carros elétricos Tesla e dono do X, foi o único doador do grupo nesse período. Embora ele tenha afirmado ter votado em candidatos presidenciais democratas no passado, nesta eleição deu uma guinada acentuada à direita. O bilionário endossou Trump em julho e apareceu com ele em um comício na Pensilvânia no início deste mês. Nesta quarta, Musk anunciou em um post na plataforma X que fará “uma série de palestras” pela Pensilvânia. Ele disse que as pessoas só precisavam assinar uma petição em seu site do America PAC para participar das palestras de “amanhã à noite até segunda-feira”. A Reuters relatou, citando uma fonte, que Musk planeja mais atividades de campanha para Trump na Pensilvânia, considerada um estado crucial tanto para Trump quanto para sua oponente democrática, Harris, na corrida pela presidência. As doações de Musk ao America PAC o colocam no clube exclusivo de grandes doadores republicanos, uma lista que também inclui o herdeiro bancário Timothy Mellon e a bilionária dos cassinos Miriam Adelson. No entanto, a Reuters informou no início deste mês que Musk tem financiado secretamente um grupo político conservador por anos, muito antes de sua adesão pública a Trump. O America PAC se concentra em encorajar americanos que gostam de Trump, mas que nem sempre votam, a comparecer às urnas neste ciclo, uma estratégia de alto risco e trabalho intenso. O grupo, que começou o trabalho mais tarde na eleição do que outros comitês, teve problemas com contratações. Desde julho, demitiu dois grandes contratados para fazer a abordagem aos eleitores. O grupo tinha cerca de US$ 4 milhões disponíveis no final de setembro, conforme mostram as divulgações. Miriam Adelson, a magnata dos cassinos, doou US$ 95 milhões a outro super PAC pró-Trump, o Preserve America PAC, no mesmo período, segundo divulgações feitas na terça.