Lar Mundo Eleições nos EUA podem pressionar inflação, desacelerar economia mundial e afetar o Brasil, diz Campos Neto

Eleições nos EUA podem pressionar inflação, desacelerar economia mundial e afetar o Brasil, diz Campos Neto

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As promessas de candidatos à Presidência dos Estados Unidos, Kamala Harris e Donald Trump, têm o potencial de pressionar a inflação norte-americana e gerar desaceleração na economia chinesa, o que, por tabela, afetaria o Brasil. Donald Trump é candidato à presidência pelo Partido Republicano e tem J.D. Vance como seu companheiro de chapa. Ele vai disputar a Casa Branca com a vice-presidente Kamala Harris, que concorre junto com o governador de Minnesota, Tim Walz, pelo Partido Democrata. As eleições estão marcadas para 5 de novembro. Trump e Kamala — Foto: AFP De acordo com Campos Neto, as propostas dos candidatos norte-americanos de elevar gastos públicos, aumentar o imposto de importação para produtos chineses, assim como limitar a imigração de trabalhadores de outros países, podem pressionar a inflação do país e, por consequência, impedir uma queda maior na taxa de juros daquele país. “Alguns fatores estruturais novos: eleições americanas e o que está sendo dito pelos candidatos a gente têm basicamente um conjunto de políticas que leva a crer que a inflação americana vai ser mais alta, basicamente a gente tem um fiscal relativamente frouxo [com mais gastos públicos]”, afirmou Campos Neto. E acrescentou: “e aí independente se é democrata ou republicano, a gente tem esse elemento em comum, a gente tem um tema de imposto de importação de tarifas, que também está sendo ventilado por todos os lados e política de anti-imigração, de limitar a imigração”. Ele pontuou, entretanto, que “promessas de campanha nem sempre são realizadas”. Já o potencial aumento de tarifas de importação para produtos chineses sobre, por exemplo, carros elétricos, acrescentou Campos Neto, pode gerar “uma queda de crescimento relativamente grande na China e isso afeta muito o mundo emergente e vai afetar bastante o Brasil também”. “Então, aqui é um tema que a gente está falando, e, de novo, é um tema de campanha nos EUA dos dois lados e os dois lados têm dito que vão atuar em relação ao que acontece na China, e a China tem um modelo que hoje virou um modelo de exportação que é concentrado em muitas coisas, como baterias, mas muito ligado em eletrificação”, concluiu o presidente do BC.

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