“Talvez seja o meu último voto”, disse, em uma cadeira de rodas e cercado de câmeras de televisão. Questionado pelos jornalistas, Mujica apontou a segurança pública e o crescimento econômico como os principais desafios do próximo governo. A segurança pública é o tema que mais preocupa a população do país, que tem 3,4 milhões de habitantes, predominantemente agrícola, com elevada renda per capita e baixos níveis de pobreza e desigualdade em comparação com as demais nações da região, mas que enfrenta um aumento da violência vinculada às drogas. Ex-presidente do Uruguai, Pepe Mujica, cercado por jornalistas ao votar neste domingo (27) — Foto: Pablo Porciuncula/AFP Tratamento e saúde frágil A médica do ex-presidente do Uruguai afirmou no fim de agosto deste ano que tinha “fortes convicções” de que o câncer de esôfago do político foi curado. Porém, o estado de saúde dele ainda era considerado frágil, informou a AFP. “Temos fortes convicções de que o câncer foi curado”, disse a médica Raquel Pannone, em entrevista coletiva. Segundo ela, os exames não mostraram evidências do tumor, o que sugere “que a evolução foi boa”. “Os efeitos da radioterapia tornaram mais difícil para ele se alimentar, e ele tem ingerido menos líquidos, o que piorou a sua função renal”, disse a médica à época. “Ele está frágil”, ressaltou a médica, que se mostrou otimista quanto à recuperação. 2º turno provável O esquerdista Yamandú Orsi, apoiado pelo ex-presidente Mujica, e o candidato do governo de centro-direita Álvaro Delgado devem disputar o segundo turno para definir o próximo presidente do Uruguai, segundo projeções divulgadas neste domingo por emissoras de televisão. Orsi soma 43,2% dos votos e Delgado, 28%, segundo o Canal 10, com base em dados de Equipos Consultores. Para o Canal 12, que citou o instituto Cifra, Orsi tem 44% dos votos, contra 27% de Delgado. Em caso de segundo turno, a eleição está marcada para 24 de novembro.
Eleições no Uruguai: ‘Talvez seja meu último voto’, diz Mujica
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