Pedidos aumentaram entre 10% a 15% na eleição desse ano em relação a de 2020. Alguns materias têm QR para associar com o material digital do canditado. Eleitor recolhe santinho do chão em dia de eleição — Foto: Igor do Vale/G1 Mesmo com a força que a internet e as redes sociais ganharam nas últimas eleições, os “santinhos”, aqueles papeizinhos com nome e número dos candidatos, resistem e gráficas registram alta de até 15% nas encomendas para as eleições municipais em 6 de outubro. Em São Carlos (SP), as gráficas têm registrado aumento no número de pedidos para impressão dos “pequenos prospectos de propaganda eleitoral com retrato e número do candidato a cargo público”, de acordo com definição do Glossário Eleitoral. “Tivemos um aumento entre 10 e 15% nos pedidos de santinhos para as eleições deste ano. Acredito que os candidatos preferem entregar esse material impresso em casa, diretamente para as pessoas, mostrando assim um interesse, uma preocupação. Diferente da internet, que é mais generalizada e quem não quiser ler, somente deleta”, afirmou o empresário Ricardo Matias, responsável por uma gráfica de São Carlos. Para André Favoretti, também empresário do ramo gráfico e à frente de uma das maiores empresas da região, os bons e velhos santinhos e as redes sociais têm se complementado nas últimas eleições. “Acredito que um agrega valor ao outro, pois quando um candidato distribui o santinho, ele deixa ali as informações básicas e convida a pessoa a saber mais sobre ele e seu plano de governo nos site, por exemplo. Este ano, tivemos um recorde nas impressões e imprimimos muitos santinhos com QR Code, para direcionar o eleitor para um ambiente digital”, disse. A origem dos santinhos Ná década de 1960, os “santinhos” eram em formato de selo e vendidos nas ruas. A renda era usada como financiamento da campanha — Foto: Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Os papeizinhos com a foto, partido e número do candidato ganharam o nome de “santinhos” pela relação com os pequenos papéis com imagens coloridas de santos distribuídos pela Igreja Católica. Os santinhos da igreja inspiraram os santinhos políticos. Entre as décadas de 1940 e 1960, os santinhos eram em formato de selo e vendido nas ruas pelos cabos eleitorais do candidato. A renda com a comercialização era revertida para o financiamento da campanha. Veja os vídeos da EPTV Central