Eleição na Venezuela: veja como especialistas avaliam o resultado eleitoral

Eleição na Venezuela: veja como especialistas avaliam o resultado eleitoral

O atual presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, conquistou mais uma vez as eleições no país. O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE) informou na madrugada desta segunda-feira (29) que, com 80% dos votos apurados, ele conquistou o pleito. O candidato teve 51,2% dos votos e o principal opositor, Edmundo González, 44,2%. O sistema eleitoral da Venezuela, no entanto, é colocado em dúvidas pela comunidade internacional. A última votação no país aconteceu em dezembro de 2023, quando o presidente convocou um referendo para discutir a questão de Essequibo, com o objetivo de anexar parte do território da Guiana. Veja abaixo como os especialistas avaliaram o resultado eleitoral da Venezuela: Para o cientista político Maurício Santoro, não houve nada de normal na eleição da Venezuela. “Esse ciclo foi marcado pelo autoritarismo. Por muitas restrições as liberdades civis e políticas dos venezuelanos. Isso é algo que vem de longe”. Isso porque, no ponto de vista dele, as pesquisas indicavam uma vitória muito grande da oposição. Segundo o especialista, a última vez que as eleições foram limpas aconteceu quando Maduro foi eleito pela primeira vez, em 2013. Eleições na Venezuela foram marcadas por autoritarismo e restrições à liberdade, diz cientista político O comentarista da Globonews Daniel Souza afirma que um dos problemas frente ao resultado é que o país tem um Conselho Nacional Eleitoral controlado. E, dessa forma, o resultado não tem o mínimo de transparência. “Estamos falando de uma ditadura, que controla o CNE, que diz que o resultado foi esse. ‘Contamos os votos, mas não vamos mostrar a contagem. E o Maduro ganhou com 51%. E quem não reconhecer é fascista e nazista'”, afirmou o especialista, explicando qual é o diálogo do Conselho e do governo local perante a votação. Eleições na Venezuela: Não houve transparência no processo de apuração, diz Daniel Sousa A Coordenadora do Núcleo de Pesquisa em Política Internacional, Segurança e Defesa da Universidade Federal de Santa Catarina, Danielle Ayres, afirma que existem alguns buracos que precisam ser esclarecidos. “Temos uma ideia muito obscura, no acesso a todas as atas de votação, as secções, e como está sendo o processo de contagem dos votos. Não é só a oposição que está colocando em dúvida o processo, mas há uma série de países também”, declarou ela. Eleições na Venezuela: Ainda há alguns buracos para esclarecer se teve legitimidade, diz pesquisadora

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