Uma publicação feita por Trump no último domingo (18) exibe a cantora pop em um cartaz vestindo as cores da bandeira do país e apontando para a frente, como se estivesse convocando o internauta. Na montagem da imagem, ele destaca a frase “Taylor Swift quer que você vote em Donald Trump”. A pose e a vestimenta fazem alusão ao clássico pôster do “Uncle Sam” (Tio Sam) chamando jovens americanos para se alistarem no Exército para a I Guerra Mundial (1914–1918). Na postagem, o candidato republicano escreveu na legenda: “Eu aceito!”. No entanto, a foto teria sido criada por inteligência artificial e sem a autorização prévia de Taylor. A montagem foi publicada há cerca de seis meses no LinkedIn de Phillip Bartling, em um texto em que criticava a questão de posicionamento da cantora e sua influência no público. Além disso, o post tinha também na colagem fotos de outras mulheres usando camisetas com a escrita “Swifties com Trump” e uma espécie de print de uma matéria com o título “Swifties passam a apoiar Trump após ISIS estragar show de Taylor Swift”. Ambas as postagens, os fãs fizeram uma enxurrada de críticas na rede social, acusando o candidato de ter publicado deepfakes geradas por inteligência artificial. As imagens contam com pessoas em poses engessadas e sempre sorridentes. O GLOBO checou a montagem nas plataformas Is It AI? e Illuminarty, que acusaram que a colagem não teria sido gerada por humanos, e sim por inteligência artificial. Em eleições passadas, como em 2020, quando fez campanha para o então presidente Joe Biden, a cantora demonstrou apoio a candidatos do Partido Democrata. Ainda no mesmo ano, Taylor criticou Donald Trump em seu documentário “Miss Americana”, quando expressou arrependimento por não ter se manifestado sobre causas políticas antes – e chegou a declarar que precisa estar “do lado certo da História”. Em 2023, ela incentivou seus fãs a se registrarem para votar, direcionando-os para a organização sem fins lucrativos e apartidária Vote.org. A instituição relatou mais de 35 mil novas inscrições após a mensagem, um aumento de 23% em relação ao ano anterior – o maior desde 2020. Como resultado, a cantora passou a ser alvo de desinformação política e teorias conspiratórias da direita nas redes sociais. Neste ciclo eleitoral, os Swifties se tornaram mais politizados. Após Biden anunciar que não concorreria à reeleição e declarar apoio à vice-presidente Kamala Harris, um grande grupo de fãs da cantora formou uma comunidade chamada “Swifties for Kamala” (Swifties a favor de Kamala), sem afiliação oficial com a artista. Fato ou Fake explica: