De acordo com a empresa, após processo de limpeza, o material ficará armazenado até que todos os familiares das 62 pessoas que morreram no desastre aéreo da semana passada sejam indenizados. O processo ainda depende de permissão das autoridades e não há prazo estimado para início ou finalização. Em nota encaminhada ao g1, a Voepass informou que contratou uma empresa especializada para retirada dos pertences pessoais dos passageiros. Ela será responsável pelo recolhimento, descontaminação, catalogação e posterior identificação, conforme recomendações pré-existentes. “Após o término dessa fase e em momento oportuno, esses pertences serão entregues aos familiares”, diz trecho. Guindaste retira destroços de avião que caiu em Vinhedo — Foto: Edson Martins A Voepass também informou que faz reuniões diárias com familiares das vítimas e, neste momento, o foco da empresa é proporcionar acolhimento e conforto. “Estamos realizando todos os esforços logísticos e operacionais para que as famílias tenham em nossa equipe um apoio efetivo não só para suas necessidades de transporte, hospedagem, alimentação, mas, principalmente de consolo e apoio emocional”. Na noite de terça-feira (13), quatro dias após o desastre, o comandante José Luiz Felício Filho, presidente da Voepass, fez o primeiro pronunciamento. Em vídeo, ele expressou solidariedade às famílias das 62 vítimas do voo 2283. (veja abaixo) “Como presidente e cofundador dessa empresa, estou aqui para dizer que é um momento de grande pesar para todos nós da família Voepass. Toda a nossa equipe está voltada para garantir a assistência irrestrita aos familiares das vítimas”. Presidente da Voepass faz 1º pronunciamento após acidente em Vinhedo que matou 62 pessoas Felício também destacou que a empresa segue ‘as melhores práticas internacionais’ de segurança e disse que a vida de passageiros e funcionários continuará sendo prioridade número 1. “Sou piloto há mais de 30 anos e hoje o comandante mais antigo dessa empresa. Vim de origem de transportadores e desde que assumi a presidência dessa empresa em 2004 sempre construí uma base com diretrizes sólidas e sempre pautadas pelas melhoras práticas internacionais para garantir a segurança operacional de todos. A vida de nossos passageiros, assim como dos nossos tripulantes, sempre foi e continuará sendo nossa prioridade número um”. Cronologia da tragédia Avião com 62 pessoas a bordo cai em condomínio em Vinhedo; não há sobreviventes A aeronave decolou às 11h56 e o voo seguiu tranquilo até 13h20.O avião subiu até atingir 5 mil metros de altitude às 12h23, e seguiu nessa altura até as 13h21, quando começou a perder altitude, segundo a plataforma Flightradar.Nesse momento, a aeronave fez uma curva brusca.De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), a partir das 13h21 a aeronave não respondeu às chamadas do Controle de Aproximação de São Paulo, bem como não declarou emergência ou reportou estar sob condições meteorológicas adversas.Às 13h22 – um minuto depois do horário do último registro – a altitude estava em 1.250 metros, uma queda de aproximadamente 4 mil metros.A velocidade dessa queda foi de 440 km/h.O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) informou que o “Salvaero” foi acionado às 13h26 e encontrou a aeronave acidentada dentro de um condomínio. Como era o avião que caiu em Vinhedo — Foto: Arte g1 VÍDEOS: Tudo sobre Ribeirão Preto e região
Destroços de avião da Voepass serão levados a Ribeirão Preto junto com objetos das vítimas
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