De acordo com a Secretaria de Saúde, as mortes ocorreram nos dias 2 e 15 maio. A cidade registra 116.274 casos confirmados de dengue neste ano. Sexo feminino, 32 anos, sem comorbidade. Atendida na rede privada e moradora da área de abrangência do CS Guanabara. Ela teve início dos sintomas em 11 de maio e o óbito ocorreu no dia 15 do mesmo mês.Sexo masculino, 48 anos, com comorbidades. Atendido em outro município e morador da área de abrangência do CS São Domingos. Ele teve início dos sintomas em 2 de abril e o óbito ocorreu em 2 de maio. Em nota, a Saúde lamentou as mortes e se solidarizou com as famílias. Além disso, destacou que casos que têm o óbito como desfecho dependem de fatores como a procura precoce por atendimento, manejo clínico adequado e doenças preexistentes. “Não há relação direta com a oscilação de casos, embora o município registre, desde maio, redução da transmissão da doença principalmente em virtude da diminuição das temperaturas.” Ainda segundo a Secretaria de Saúde, em todas as situações de casos registrados, “medidas preconizadas foram desencadeadas nas regiões onde residiam as pessoas que morreram”, como controle de criadouros, busca ativa de pessoas sintomáticas e nebulização para combater o mosquito Aedes aegypti, vetor da doença. “A Secretaria de Saúde reitera o alerta feito desde 2023 com objetivo de sensibilizar a população para tentar reduzir casos e óbitos: a melhor forma de prevenção contra a dengue é eliminar qualquer acúmulo de água que possa servir de criadouro, principalmente em latas, pneus, pratos de plantas, lajes e calhas. É importante, ainda, vedar a caixa d’água e manter fechados vasos sanitários inutilizados.” Ações desenvolvidas em 2024 Controle de criadouros: 853 mil imóveis visitadosNebulização: cobertura de 129,3 mil imóveisMonitoramento por chatbot: 42.278 pacientes ⚠️ Como saber se o caso é grave O pico de transmissão da dengue em Campinas neste ano ocorreu no período entre 7 e 13 de abril. O município declarou fim do estado de emergência, mas permanece em epidemia. “Com isso, as medidas de prevenção e combate à dengue devem ser contínuas e realizadas o ano todo pela população, inclusive durante o inverno”, destaca a pasta. A Secretaria de Saúde recomenda aos moradores que, caso apresentem febre, procurem centros de saúde “imediatamente para diagnóstico clínico” e não banalizem os sintomas ou façam automedicação. Embora a dengue não tenha um medicamento específico, há uma série de medidas clínicas que podem evitar o agramento e óbito, se feitas a tempo. Por isso, é preciso ficar atento aos sinais de alarme. São eles: dor abdominal;muitos vômitos;algum sinal de sangramento (gengiva, por exemplo);menstruação em maior volume, no caso das mulheres;e sensação de desmaio. Segundo o Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa), o agravamento da dengue, diferente de outras doenças, acontece depois que a febre começa a diminuir. Sendo assim, caso apresente algum sinal, o paciente deve procurar uma unidade de saúde. “Quem estiver com suspeita ou dengue confirmada e apresentar sinais de tontura, dor abdominal muito forte, vômitos repetidos, suor frio ou sangramentos deve buscar o quanto antes por auxílio em pronto-socorro ou em UPA”, orientou Andrea Von Zuben. De acordo com Andrea, um ponto que faz a pessoa com dengue ter um desfecho favorável é conseguir beber a quantidade de líquido prescrita, que são 60 ml por quilo de peso. “Isso é em qualquer líquido e um terço disso em sais de hidratação oral”, alertou. Como saber se você está com dengue e se é grave Orientações à população 🌡️ A dengue causa febre alta e repentina, dores no corpo, manchas vermelhas na pele, vômito e diarreia, resultando em desidratação. 🚨 Ao apresentar algum desses sintomas, o morador deve procurar uma das unidades de saúde da cidade para atendimento médico, segundo a Secretaria de Saúde. Algumas medidas de prevenção são: utilize telas de proteção com buracos de, no máximo, 1,5 milímetros nas janelas de casa;deixe as portas e janelas fechadas, principalmente nos períodos do nascer e do pôr do sol;mantenha o terreno limpo e livre de materiais ou entulhos que possam ser criadouros;tampe os tonéis e caixas d’água;mantenha as calhas limpas;deixe garrafas sempre viradas com a boca para baixo;mantenha lixeiras bem tampadas;deixe ralos limpos e com aplicação de tela;limpe semanalmente ou preencha pratos de vasos de plantas com areia;limpe com escova ou bucha os potes de água para animais;limpe todos os acessórios de decoração que ficam fora de casa e evite o acúmulo de água em pneus e calhas;coloque repelentes elétricos próximos às janelas (o uso é contraindicado para pessoas alérgicas);velas ou difusores de essência de citronela também podem ser usados;evite produtos de higiene com perfume porque podem atrair insetos;retire água acumulada na área de serviço, atrás da máquina de lavar roupa. VÍDEOS: tudo sobre Campinas e região
Dengue: Campinas chega a 48 mortes, e epidemia de 2024 supera soma de óbitos pela doença dos últimos 12 anos
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