Com os sentimentos entristecidos por uma queda, por gostar de futebol, busco um antigo consolo: o Liverpool. Pode de ser porque sou um daqueles que roubou a alma dos Beatles e nunca a devolvi.Pode ser, também, o despertar da memória que guarda a lembrança do milagre de Istambul, em 2005. Na residência do saudoso amigo, o jurista Luiz Carlos Bittencourt, em Ponta Grossa, assisti-o ganhar a Champions League quando a vitória já saia do improvável para o impossível.Perdendo de 3 a 0 para o poderoso Milan de Dida, Cafu, Maldini, Crespo e Kaká, comandado por Carlos Ancelotti, empatou o duelo em 3 a 3, e ganhou o título nos pênaltis. Era o Liverpool de Gerrard e Xabi Alonso.LEIA MAIS: Todas as colunas de Augusto Mafuz no UmDois EsportesO Liverpool voltou a provocar emoções. Não foi pelo seu extraordinário jogo que goleou o West Ham neste domingo (29), por 5 a 0, em Londres, que manteve a folga na liderança da Premier League, já anunciando-o como futuro campeão.Salah brilhou na vitória do Liverpool sobre o West Ham. Foto: Icon SportHá dois fatos que provocam o consolo adormecido. Um deles, tem nome: Mohamed Salah, que surpreende a cultura e o conservadorismo do futebol mundial. Acostumado com os nossos Ronaldos e, depois, Messi e Cristiano Ronaldo, nunca iria imaginar que o Egito iria produzir algo tão belo e inteligente como o futebol de Mo Salah.Agora, os contrastes egícpios não se limitam às paisagens do deserto e o rio Nilo. Entre elas está o craque Salah. O outro fato, o mais relevante, é que o Liverpool é grande por natureza.Sem investimentos extraordinários, quando ganha é porque um grande com o seu caráter, pode perder, mas um dia volta a ganhar naturalmente.Siga o UmDois Esportesyoutubexfacebookinstagram
De repente, um consolo para sentimentos entristecidos: o Liverpool
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