O valor médio corresponde ao custo de um prato principal, uma bebida não alcóolica, uma sobremesa e um café. Apesar do crescimento, o custo médio da refeição fora de casa na metrópole é menor que o da capital (R$59,67) e de outras cidades paulistas de grande porte, como Sorocaba (R$ 49,52) e Jundiaí (R$ 53,01). Apenas Ribeirão Preto (SP) apresenta um valor médio menor, de R$ 45,74. Considerando todo o Estado de São Paulo, o valor médio ficou em R$ 57,09. Já a média nacional da refeição completa ficou em R$ 51,61 – para chegar nesse valor, a pesquisa levou em consideração os custos da quatro categorias mais comuns na alimentação fora de casa no Brasil (comercial completo, self service/autosserviço, executivo e a la carte). O estudo foi realizado de março a maio de 2024, em 4.502 estabelecimentos comerciais, divididos nas cinco regiões, em 22 estados e no Distrito Federal. Alimentação fora de casa Isso representa alta de 8,2% em relação ao ano anterior. O volume é metade do consumo esperado com alimentação em casa, de R$ 12,6 bilhões. De acordo com a pesquisa, os moradores das classes A e B, apesar de representarem 35% dos domicílios na RMC, serão responsáveis por 68,8% desse consumo. Ou seja, de cada R$ 10 gastos com refeições fora de casa, R$ 6,8 serão de famílias cuja renda média domiciliar supera R$ 10,3 mil ao mês. Classe econômica pelo IPC-Maps – renda média domiciliar/mês A – R$ 21.826,74B1 – R$ 10.361,48B2 – R$ 5.755,23C1 – R$ 3.276,76C2 – R$ 1.965,87D/E – R$ 900,60 De acordo com Marcos Pazzini, responsável pelo IPC Maps, os números atuais mostram uma volta à normalidade para os setores de bares e restaurantes, principalmente entre os que atendem as classes econômicas mais altas. “Há essa observação de que classes mais altas, após a pandemia, estão tendo mais prazer em sair, e percebemos que além do aumento do gasto, houve aumento dos preços nesse segmento. Mas é importante frisar que há mercado para todas as classes. Os negócios menores, de fato, sentiram maior impacto durante a pandemia, mas com a retomada, esse aquecimento, há a possibilidade de se levantarem mais rápido, principalmente quem entende seu público”, avalia Pazzini. André Mandetta, presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) Regional Campinas, destaca a projeção do IPC Maps como positiva para o setor. “O aumento do consumo na região é importante para trazer esperança para o empresário equilibrar o caixa, já em ainda temos 20% dos estabelecimentos em prejuízo, segundo a última pesquisa da Abrasel, além do alto nível de endividamento, de 32% em abril”. Essa recuperação apontada pelo responsável da pesquisa pode ser traduzida em números da Abrasel, de que a RMC conta atualmente com 1.778 novos estabelecimentos, chegando a 32.577 nos 20 municípios, o que representa aumento de 5,8% nos novos empreendimentos em relação a 2023. Gastos por cidade Maior cidade da região, com 1,1 milhão de habitantes, Campinas concentra a maior fatia dessa projeção de gastos com alimentação fora de casa, com R$ 2,3 bilhões, alta de 5,4% em relação ao ano anterior. Indaiatuba (SP) e Americana (SP) aparecem na sequência – veja dados abaixo: Marcos Pazzini destaca o crescimento dessas cidades no entorno de Campinas, que foi de 12% em Indaiatuba, e 10,8% em Americana, em relação ao ano anterior, demonstrando a expansão do setor de bares e restaurantes pela RMC. “Com base nos dados que disponibilizamos, é possível também que os investidores, empresários saibam onde colocar as fichas. São cidades com potencial elevado de crescimento, opção além de Campinas, que possui uma concorrência enorme”, destaca Pazzini. VÍDEOS: saiba tudo sobre Campinas e Região