O local não tinha autorização para funcionamento e foi fechado, segundo a prefeitura. Cabe recurso da decisão. O g1 não conseguiu contato com os responsáveis pela creche e a defesa até a última atualização da reportagem. Na decisão do juiz Jorge Panserini, ele afirma que a responsabilidade da instituição é evidenciada pela negligência no dever de vigilância e proteção das crianças sob seus cuidados. Reforça ainda que a creche tem obrigação objetiva de zelar pela integridade física dos menores. A responsável pela creche disse no processo que havia duas professoras na sala. “Uma delas entrou no banheiro para fazer troca de fraldas e outra ficou na sala. Esta entrou no banheiro para levar fralda e nesse momento aconteceu a mordida”. Mais notícias da região: Relembre o caso Prefeitura de São Carlos fiscaliza creche particular onde criança foi mordida 9 vezes em São Carlos — Foto: Prefeitura/Divulgação O caso aconteceu no dia 9 de janeiro de 2024 quando a criança tinha 1 ano e 7 meses. Segundo a Prefeitura de São Carlos, a creche não poderia receber alunos de 0 a 4 anos. O local foi interditado parcialmente na época e era reincidente na irregularidade, informou a prefeitura na época. Segundo a mãe do bebê, ela chegou para pegar o filho na creche e uma das funcionárias pediu que ela entrasse pois um coleguinha da classe tinha mordido a criança em uma disputa por um brinquedo. O caso aconteceu no segundo dia da criança na creche. A mãe reparou uma mordida perto da orelha e o bebê estava com o rosto inchado devido à outra mordida, com marcas de dente. Relembre o caso no vídeo abaixo: Criança é agredida com várias mordidas em escolinha e família pede uma explicação A mulher disse que percebeu o filho abatido e triste e fez uma vistoria no corpo dele e encontrou outras mordidas. “Eu puxei a blusa para olhar e o braço dele tava toda machucado, roxo e se estendia até as costas. Eu entrei em desespero”, afirmou na época. Ela contou que diante da sua reação, as funcionárias tentaram se justificar dizendo que a situação poderia acontecer entre crianças. A mãe levou a criança até o hospital pediátrico da Unimed e o médico plantonista confirmou as lesões. Local foi fechado Em nota, a Prefeitura de São Carlos informou que a Vigilância Sanitária fez uma diligência e foi constatado que o local não tinha autorização para funcionamento e não era, de fato, uma escola. O local foi fechado, segundo a administração municipal. Entre as documentações exigidas e que a escola não tinha estão: auto de licença, alvará de funcionamento, laudo técnico da Vigilância Sanitária (Licença de Funcionamento da VISAM), Vistoria do Corpo de Bombeiros e Acessibilidade, projeto pedagógico e regimento escolar que expresse a organização pedagógica, administrativa e disciplinar da instituição de educação infantil. VÍDEOS DA EPTV: