Corpo de alpinista que morreu em voo na 2ª montanha mais alta do mundo será enterrado no interior de SP

Corpo de alpinista que morreu em voo na 2ª montanha mais alta do mundo será enterrado no interior de SP

O velório está previsto para ocorrer na sexta-feira, das 8h até às 16h, na Igreja Matriz Paroquial Santa Tereza d’Ávila, em Ibitinga, cidade natal de Rodrigo. Na sequência, o corpo do alpinista será sepultado no Cemitério Municipal. O Rodrigo Raineri morava em São Pedro (SP), e deixa esposa e um filho de 22 anos. Rodrigo Raineri, em escalada no Aconcágua (Argentina) — Foto: Arquivo pessoal Acidente Raineri integrava um grupo de sete pessoas que seguia para o acampamento base do K2, mas foi o único que decidiu praticar parapente. O paraquedas teria se rompido, o que causou a queda, informou à Agence France-Presse (AFP) o porta-voz da polícia local, Muhammad Nazir, de Shigar, área do acidente. A equipe também incluía duas pessoas da França, duas dos Estados Unidos, uma da Bulgária e uma da Suíça. Três alpinistas japoneses morreram em dois incidentes no início da temporada de escalada. Escalador completo Rodrigo Raineri, no cume do Monte Everest — Foto: Arquivo pessoal Rodrigo Raineri era considerado um escalador “completo” e estava entre os alpinistas mais técnicos do Brasil, com experiência de mais de 30 anos e atuação em rocha, gelo e alta montanha, como é descrito no site profissional do atleta. Completou a 6ª expedição à montanha mais alta do planeta, em 2019, com mais de 8,8 mil metros de altitude. Na companhia de Vitor Negrete, formou a única dupla brasileira a escalar a Face Sul do Aconcágua, topo mais alto das Américas, a 6.962 metros de altitude, com subida considerada uma das difíceis do mundo. A conquista é um marco no montanhismo brasileiro. Rodrigo e Vitor Negrete durante subida no Aconcágua — Foto: AcervoEP Com o parceiro, também escalou o Aconcágua durante um inverno de -30°C. Durante a subida, os dois enfrentaram uma tempestade de neve. Em 2013, realizou uma de suas expedições ao topo da maior montanha do mundo, o Everest, na Ásia. Foram 67 dias de expedição. Utilizou uma máscara de oxigênio durante a subida. A temperatura chegou a -29°C, com sensação térmica de -50°C. “Chegar no cume do Everest é sempre uma sensação indescritível, muito bom. Eu acho que a gente buscando grandes conquistas, realização de sonhos, a gente tem mais motivação para viver”, comentou Rodrigo à época. Confira mais notícias do centro-oeste paulista:

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