Lar Cidades Corpo de alpinista que morreu em voo na 2ª montanha mais alta do mundo chega ao Brasil nesta quarta-feira

Corpo de alpinista que morreu em voo na 2ª montanha mais alta do mundo chega ao Brasil nesta quarta-feira

por admin
0 comentário
corpo-de-alpinista-que-morreu-em-voo-na-2a-montanha-mais-alta-do-mundo-chega-ao-brasil-nesta-quarta-feira

A chegada está prevista para 17h45, no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP). Depois, ele será levado a Campinas (SP), onde será o velório. Já o sepultamento vai acontecer em São Pedro (SP), onde Rodrigo morava. O alpinista nasceu em Ibitinga (SP). Ele deixa esposa e um filho de 22 anos. Rodrigo Ranieri, de 55 anos, morreu em acidente com parapente no Paquistão — Foto: Reprodução/Instagram Escalador completo Rodrigo Raineri era considerado um escalador “completo” e estava entre os alpinistas mais técnicos do Brasil, com experiência de mais de 30 anos e atuação em rocha, gelo e alta montanha, como é descrito no site profissional do atleta. Ele liderou centenas de expedições pelo mundo. Foi o primeiro brasileiro a escalar três vezes o Monte Everest. Raineri se tornou o único brasileiro a guiar expedições aos sete Cumes, projeto que abrange escalar as mais altas montanhas de cada continente em 2016. Completou a 6ª expedição à montanha mais alta do planeta, em 2019, com mais de 8,8 mil metros de altitude. Na companhia de Vitor Negrete, formou a única dupla brasileira a escalar a Face Sul do Aconcágua, topo mais alto das Américas, a 6.962 metros de altitude, com subida considerada uma das difíceis do mundo. A conquista é um marco no montanhismo brasileiro. Rodrigo Raineri, em escalada no Aconcágua (Argentina) — Foto: arquivo pessoal Com o parceiro, também escalou o Aconcágua durante inverno de -30ºC. Durante a subida, enfrentaram uma tempestade de neve. Em 2013, realizou uma de suas expedições ao topo da maior montanha do mundo, o Everest, na Ásia. Foram 67 dias de expedição. Utilizou uma máscara de oxigênio durante a subida. A temperatura chegou a -29ºC, com sensação térmica de -50ºC. “Chegar no cume do Everest é sempre uma sensação indescritível, muito bom. Eu acho que a gente buscando grandes conquistas, realização de sonhos, a gente tem mais motivação para viver”, comentou Rodrigo à época. Alpinista Rodrigo Raineri, em 2013, após chegar de expedição ao Aconcágua — Foto: Reprodução EPTV Escritor, palestrante e consultor Formado em Engenharia de Computação pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Raineri também era diretor de uma empresa de turismo, além de palestrante e consultor. O atleta somava mais de 1,8 mil palestras sobre temas motivacionais, além de áreas como segurança do trabalho, cultura e educação. Ainda ministrava cursos de escalada e resgate, dos básicos aos mais avançados, liderou mais de uma centena de expedições no mundo todo. Rodrigo assina os livros “No Teto do Mundo” e “Imagens do Teto do Mundo”. Em 2015, organizou uma campanha de doações de roupas e alimentos para ajudar vítimas de um terremoto no Nepal, que deixou mais de 5 mil mortos. Naquela época, o montanhista brasileiro já tinha viajado mais de 15 vezes para o país. Rodrigo e Vitor Negrete durante subida no Aconcágua — Foto: AcervoEP VÍDEOS: Tudo sobre Piracicaba e região

você pode gostar